Então e eu?


Então e eu?

O até agora vice-presidente da Câmara de Portimão, Castelão Rodrigues, deixou a autarquia e assumiu a liderança da direção regional do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

Como o ordenado não é mau e o organismo recebeu ultimamente reforço de competências, aquele era um cargo muito apetecível.

Daí que a escolha do Governo tenha causado desalento em políticos que já se estavam a ver a vestir o fato de diretor regional. Sobretudo alguns que correm o risco de, dentro de pouco tempo, terem de deixar a política e voltar à vida ‘civil’ por falta de ‘desafios aliciantes’.

 


Teorias da conspiração

A saída de Castelão Rodrigues da Câmara de Portimão levou a que nos meios políticos locais surgissem muitas especulações e teorias da conspiração.

Uma das mais populares é que o abandono é uma forma de abrir caminho a Filipe Vital, que, assim, sobe ao lugar de vice-presidente.

Isso significa que se, um dia destes, a presidente Isilda Gomes resolver também ir-se embora – eventualmente para o Governo – ele sobe ao cargo máximo da autarquia. A partir daí, desde que tenha essa ambição, vai ser quase impossível impedir que seja o candidato do PS nas eleições autárquicas seguintes.

Uma perspetiva pouco animadora para os apoiantes de outras soluções, como, por exemplo, uma que fosse liderada pelo presidente da Junta de Portimão, Álvaro Bila.

 


Maratona que pode ‘dar asas’

 

O representante algarvio na lista para as eleições europeias, José Águas da Cruz, militante do PS Lagoa e presidente da Assembleia Municipal local, andou numa ‘roda viva’ durante a campanha. Correu o Algarve de uma ponta à outra, passando por todos os concelhos. Há quem diga que sonha voar mais alto, ambicionando ser de novo escolha do partido numa nova aventura que se aproxime. O certo é que a atitude, esforço e dedicação caiu muito bem nas mais altas patentes do PS e até já o veem como uma mais valia para o apelo ao voto.

 


Rui André ‘à conquista’ do Comité das Regiões

Parece que ninguém se chegou à frente para representar o Algarve e Portugal no Comité das Regiões. O autarca social-democrata Rui André viu esta oportunidade e não quis ficar de fora. Defendendo a coesão e o dinamismo da região, o presidente da Câmara Municipal de Monchique vai levar o presunto, os enchidos e a aguardente de medronho para conseguir que os mais de 300 membros do Comité levem a sério o que defende para a região, conquistando-os pela gastronomia.

 


Tradutores, precisam-se

 

O PAN foi um dos partidos vencedores das eleições europeias. Ao deputado que tem no Parlamento nacional juntou agora outro em Bruxelas e até já iniciou o namoro com António Costa para fazer parte de uma nova geringonça governamental.

A continuar assim, nas próximas autárquicas é capaz de eleger alguns representantes nas assembleias municipais algarvias.

E, tendo em conta que os seus dirigentes e militantes gostam de levar os animais para todo o lado, é bem provável que os convidem para as sessões daqueles órgãos autárquicos.

Como faltam dois anos para as autárquicas, ainda se vai a tempo de tomar as medidas necessárias para acolher convenientemente os futuros frequentadores de quatro patas das assembleias municipais.

Uma das mais evidentes é a contratação de profissionais que consigam traduzir os discursos dos bichos que queiram botar ‘palavra’ no período destinado à intervenção dos cidadãos.

 


Só com uma lupa

 

O PAN teve, no Algarve, um resultado ainda melhor do que a nível nacional, tendo arrecadado 6,15% dos votos e ficado em 5º lugar.

Igualmente festa rija devem ter feito os bloquistas, que viram o seu partido chegar ao 3º lugar na região e até, em concelhos como Lagos, Portimão e Olhão, ultrapassar o PSD e atingir o 2º lugar do pódio eleitoral.

Pelo contrário, por esta altura, os social-democratas e bloquistas algarvios ainda não se devem ter livrado de uma valente dor de cabeça. O PSD não foi além dos 16,9% e o CDS apenas chegou aos 4,7% e ainda suportou a humilhação de se ver ultrapassado pelo PAN.

Por este andar, qualquer dia só com uma lupa é possível ver que o CDS algarvio ainda existe. Desta forma, os centristas da região não conseguem ajudar Assunção Cristas a cumprir o tão ansiado objetivo de roubar o lugar a António Costa.

 


Irritação

A dica que aqui lançámos na anterior edição de que há quem queira convencer o presidente da Câmara de Vila do Bispo a candidatar-se a Lagos caiu muito mal em alguns setores socialistas locais.

Um grupo ‘atirou-se’ mesmo ao líder do PS/Lagos, Hugo Pereira, exigindo-lhe a realização de uma assembleia de militantes para pôr os pontos nos is, no que às opções para as próximas autárquicas diz respeito.

Quem continua a assobiar para o lado, como se nada se passasse, é a presidente da Câmara, Joaquina Matos que ainda vai acabar por ver o partido dar-lhe, mais rapidamente do que previa, apoio para avançar para um novo mandato.

E assim, sem mexer uma palha, acaba prematuramente ou, pelo menos, adia o sonho de quem gostaria de ocupar a sua cadeira.

 

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