Encontros do DeVir regressam ao Cine-Teatro Louletano

É já neste Domingo de Páscoa, pelas 21h30, que o Cine-Teatro Louletano acolhe a terceira edição do Festival Encontros do DeVir – Cidades utópicas, cidades possíveis, cidades internacionais, apresentando um espetáculo interdisciplinar que pretende dar uma visão de Loulé a partir de cinco olhares/criações.

O espetáculo integra a viagem sentimental por Loulé do prestigiado coreógrafo e bailarino Francisco Camacho, que partilha o que o seu olhar abarcou quando primeiro chegou à cidade, num misto de curiosidade, inquirição e estranha familiaridade.

A proposta assenta nessa posição de forasteiro que chega a um lugar tentando compreender os seus códigos e as suas gentes, abordando a história dessa localidade e cruzando-a com o seu percurso de vida. Se Loulé é entusiasta e protagonista maior do Carnaval, o coreógrafo, apesar de nunca se ter rendido aos apelos do evento, mascara-se frequentemente em cima do palco e não desdenha encarnar algumas das figuras locais; não sendo crente, uma procissão como a da Mãe Soberana exerce sobre ele um profundo fascínio; e pedalar em cima de uma bicicleta é, por outro lado, um gosto que partilha com tantos louletanos.

Desafiado a fazer uma criação a partir de pensar a cidade de Loulé, o coreógrafo devolve o desafio, interpelando, por sua vez, os espectadores a identificar quem é Francisco Camacho.

A atuação inclui ainda ‘Sexto Olhar’, um texto de Lídia Jorge com ilustração de Sara Feio e leitura de Susana Menezes, bem como roteiros alternativos e itinerários subjetivos por Luís da Cruz e Miguel Mendes, com vídeo de Jorge Mestre Simão. Junta-se ainda a exposição de fotografia ‘O interesse pelo lugar’, de Luís da Cruz, patente ao público de 11 a 15 de abril no ‘foyer’ do Cine-Teatro.

ALGARVE CENTRAL

Este festival tem como temática a descaraterização de cinco cidades no Algarve Central, colocando as seguintes questões de partida: Como nos vimos? Como nos veem? E como nos damos a ver?  Envolve um total de 38 criadores (seis internacionais e 12 fotógrafos amadores) e apresenta 32 criações (26 novas encomendas), cinco visitas guiadas, três exposições, dois documentários e um ‘workshop’ de fotografia e urbanismo.

O bilhete para o ingresso no espetáculo tem o custo associado de 7 euros por pessoa, dirigindo-se a maiores de 12 anos.

A organização do evento é da DeVIR/CAPa, numa iniciativa cofinanciada pelo programa 365 Algarve, Turismo de Portugal e Municípios de Faro, Loulé e S. Brás de Alportel. Conta com os apoios da Al-Portel, Museu do Trajo – Amigos do Museu, Universidade do Algarve, Monterosa, Quinta da Fornalha, Granturismo, Aldeia da Luz, INTPA (Áustria), Gabriela Tudor Foundation (Roménia) e Arts Council Korea.

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