Futuro incerto do VATe não impede regresso à estrada

Autocarro VATe

A atravessar uma fase de indefinição quanto à sua subsistência a breve prazo, o VATe (serviço educativo móvel da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve) volta à estrada já no dia 14 de abril, iniciando a sua atividade em Loulé, num périplo que também inclui escolas do 1º ciclo do ensino básico dos concelhos de Castro Marim, Monchique, Lagoa, São Brás, Vila do Bispo e Aljezur.

O trabalho didático/pedagógico que desta vez é apresentado neste autocarro, devidamente apetrechado para receber pequenas plateias de crianças e jovens, tem como referência o 25 de Abril e intitula-se “Liberdades, propondo para além do espetáculo os habituais trabalhos em ateliês com alunos e professores.

Pelo reconhecimento de uma atividade “profissional, rigorosa, empenhada, pedagógica e didaticamente consistente, socialmente atenta e artística, e ainda tecnicamente inovadora”, o VATe foi distinguido com o Prémio Gulbenkian-Educação em 2010.

Posteriormente, veio a colher a curiosidade e interesse de várias instituições, nomeadamente da Universidade de Hidelberg (Alemanha), onde em fevereiro de 2011 foi tema em debate numa conferência sobre técnicas e metodologias do ensino de línguas estrangeiras.

O VATe tem estendido a sua ação também ao âmbito da formação de professores e educadores da Alemanha, Luxemburgo, Itália, Espanha, França, Roménia, Hungria, República Checa, Eslovénia e Turquia.

Contudo, apesar do reconhecimento nacional e internacional deste projeto, os responsáveis da ACTA receiam que a breve trecho tenham de o abandonar, “porque ele não colhe no Algarve o reconhecimento necessário à sua manutenção em atividade”.

Referem, a propósito, que no VATe foram investidos inicialmente fundos comunitários, autárquicos e da própria ACTA, “num total de 218 mil euros, para que este serviço educativo cumprisse a sua missão estruturante num quadro de relação entre cultura e educação no contexto da região”.

“Agora, tudo parece indicar que tem os seus dias contados, posto que têm saído gorados os esforços da ACTA no sentido da ação deste prestigiado serviço educativo ser desenvolvida num quadro de compromisso regional por via da AMAL”, lamentam, deixando no ar a incerteza sobre a sua continuidade no futuro próximo.

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