Marcha lenta contra as portagens na Via do Infante

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A Comissão de Utentes da Via do Infante marcou para este sábado, 23 de maio, uma marcha lenta na zona de Almancil, a primeira de um conjunto de ações pela suspensão das portagens no Algarve a desenvolver durante os próximos meses.

O ponto de encontro, a partir das 13h00, será o restaurante “Brasas & Filhos”, onde decorrerá um almoço/debate, seguindo-se às 16h00 o início da marcha lenta de viaturas em protesto, passando pelo Sítio do Além (S. João da Venda) e Variante Almancil (zona poente), onde serão colocados memoriais e feito um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da EN 125.

Segundo os promotores, “as portagens impostas pelo governo PSD/CDS e com o apoio do PS, já há quase três anos e meio, estão a arruinar o Algarve e as suas populações”, pelo que consideram que “chegou a hora de confrontar os responsáveis políticos – à porta das eleições legislativas – pelas desastrosas consequências das portagens na região.”

A homenagem às vítimas mortais ocorridas na Estrada Nacional 125 é justificada pelo facto de existir “um verdadeiro estado de guerra na região com uma média de 20 acidentes por dia, ou seja, cerca de 600 acidentes por mês e 7.300 por ano, a maioria na EN 125, onde muitas famílias foram destroçadas”, estando contabilizadas “mais de cem vítimas mortais e muitas centenas de feridos graves.”

“É um grande suplício circular na EN 125, pois não passa de uma rua urbana e a sua requalificação continua a marcar passo”, consideram os contestatários, para quem as portagens “contribuíram para o agravamento da crise social e económica, com muitos milhares de desempregados a mais e centenas de falências de empresas” e a economia e o turismo “continuam a ser gravemente afetados.”

No entender dos responsáveis por aquela comissão de utentes, a Via do Infante é uma parceria público-privada “muito ruinosa, pois mesmo com a cobrança de portagens dá um prejuízo anual de 40 milhões de euros e somos todos nós a pagar e quem engorda são os proprietários da concessionária” acusando o respetivo contrato de ter “cláusulas secretas, o que é inadmissível e muito grave – em nome da transparência exige-se a sua divulgação pública.”

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