Município de Lagoa e Freguesia de Ferragudo homenagearam Palma Inácio

No 10.º aniversário do desaparecimento físico de Palma Inácio, a 14 de julho de 2009, a Câmara Municipal de Lagoa representada pela Vereadora Ana Martins e a Junta de Freguesia, com a presença do seu Presidente, Luís Veríssimo, recordou este herói nacional que nasceu em Ferragudo com a realização da conferência ‘Palma Inácio, um Herói da Resistência’ pelo Doutor Luís Vaz.

Esta conferência teve lugar no dia 15 de julho, na sala da Assembleia de Freguesia de Ferragudo, integrada no ciclo de conferências do MuCid – Museu dos Movimentos Sociais e Políticos e da Cidadania de Lagoa.

Hermínio da Palma Inácio (1922-2009) iniciou-se cedo na luta contra o regime de Salazar, tendo, ao longo da sua vida, protagonizado histórias reais dignas de um filme, entre as quais se contam duas fugas bem-sucedidas, uma, dos calabouços da PIDE, no Porto, e outra, do Aljube. Diversas ações revolucionárias, como a ‘Operação Vagô’, a ‘Operação Mondego’ e a ‘Operação Covilhã’, tornaram Palma Inácio célebre pela luta de libertação do seu país do fascismo.

O Revolucionário ingénuo, como o caracterizava a poetisa Natália Correia, foi um dos homens mais temidos pela Ditadura. Recusou sempre, na sua modéstia, o estatuto de Herói. Mas jamais poderá recusar o lugar cimeiro que a História da Luta contra a tirania lhe reserva. Portugal continua a ter Memória, e a Freguesia de Ferragudo e o Concelho de Lagoa, jamais esquecerão este seu filho. A prová-lo, está a homenagem de que foi alvo, em 1 de maio de 2007, com a presença de Hermínio da Palma Inácio e do seu amigo Mário Soares, na qual foi descerrada simbolicamente uma lápide com a seguinte inscrição: ‘Largo Palma Inácio, Herói da Resistência’. Na conferência de 15 de julho, o Doutor João Soares, voltou a reforçar a amizade que a família Soares tinha a Palma Inácio.

O conferencista, Doutor Luís Vaz, na qualidade de escritor, tem vindo a concretizar, entre outras obras, a biografia de Hermínio da Palma Inácio, distribuídas por quatro volumes (o final encontra-se em preparação): ‘O Golpe dos Generais (1947)’, ‘O Desvio do Avião (1961)’ e ‘O Assalto ao Banco de Portugal da Figueira da Foz (1967)’.

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