Museu de Portimão exibe tesouro do cinema português ‘Heróis do Mar’

No próximo dia 15 de março, pelas 21h30, o Auditório do Museu de Portimão exibe a quarta sessão da 3ª edição do Video Lucem ‘Heróis do Mar’, um filme que tem o som perdido e que foi filmado em 1949 por Fernando Garcia. Esta película é um autêntico tesouro do cinema português porque raramente foi exibido. O espetáculo será uma construção com coletivos de Portimão, sob a direção de Flávia Gusmão e num espaço ideal ligado ao mar e as suas gentes, o Museu de Portimão. Este festival de cinema em espaços inesperados de diferentes localidades algarvias está integrado no programa Algarve 365 e prolonga-se até 17 de maio.

“Heróis do Mar” retrata a vida e o trabalho dos pescadores de bacalhau que partiam para terras distantes. Um navio bacalhoeiro leva para o alto mar um dos mais adorados atores portugueses – António Silva. O filme mostra também o primeiro papel de cinema da atriz Isabel de Castro, aqui com um duplo papel, em que também faz uma personagem masculina. Este momento de cinema-performance constituirá um gesto simbólico de homenagem ao filme desconhecido, aos seus protagonistas e a todos aqueles que viveram a vida árdua da pesca do bacalhau. O espetáculo será uma construção com a participação de coletivos de Portimão.

Os ingressos têm um custo de 5 euros e podem ser adquiridos na bilheteira online www.bol.pt

De referir que, na sua 3ª edição, o VIDEO LUCEM propõe revelar um conjunto de filmes muito especial: filmes parcialmente perdidos ou inacabados. São obras de arte por direito próprio, que a História ou a inclemência dos dias votou à invisibilidade e ao esquecimento. O Video Lucem sugere que se veja nestes filmes a potência, enorme e criativa do que ficou por dizer, por musicar, por realizar. Daí, lançou-se aos músicos, atores, e outros artistas, o desafio de preencher essas lacunas. O ponto de partida é o guião ou a ideia original de cada filme, assim como as narrativas sobre o que terá levado à sua condição de objetos interrompidos.

Ao espectador, o que se pede é que sonhe, que imagine aquilo que não se vê, aquilo que não se dá imediatamente a ouvir ou o que ficou por acabar. Dessa maneira, passará a ser parte desse filme, nesse irrepetível momento em que estes filmes voltam a ganhar vida e são, uma vez mais, em novos contextos artísticos e de exibição, motor de criação.

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