Silves debate futuro do Museu da Cortiça

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No dia 20 de fevereiro, o Teatro Mascarenhas Gregório recebe o fórum “O Futuro do Museu da Cortiça da Fábrica do Inglês”, iniciativa conjunta da APAI – Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial, da APOM – Associação Portuguesa de Museologia e da Câmara Municipal de Silves.

Segundo os organizadores, este evento surge na sequência da “indefinição pública quanto à resolução de um dos mais complexos problemas da museologia portuguesa contemporânea, isto é, a dificuldade de reabertura daquele museu, cujo edifício ou parte imobiliária é propriedade da Caixa Geral de Depósitos, enquanto que os bens móveis (na sua quase totalidade património integrado do edifício) são pertença do Grupo Nogueira.”

Acresce que o imóvel se encontra classificado na categoria de monumento municipal e recaem sobre ele os direitos de proteção e de conservação que a Lei de Bases do Património Cultural 107/2001 exigem que se cumpram, atendendo ao interesse público.

Por outro lado, não se encontram garantidas as condições para a classificação dos bens móveis por parte das entidades da administração central e local, dada a complexidade dos conflitos entre o público e o privado. A todo este cenário é ainda de reter a natureza do museu, de índole industrial, e os problemas que uma gestão privada terá no âmbito da legislação portuguesa.

Ambas as associações e a autarquia silvense “têm recebido diversas manifestações públicas da vontade de resolução deste importante caso do património industrial de Portugal e, simultaneamente, da museologia portuguesa por se tratar de um dos mais notáveis museus industriais do país e da Europa”, destacam os promotores do fórum.

Por essas razões, “como representantes da sociedade civil e interlocutores privilegiados nestas matérias”, aquelas entidades decidiram desenvolver “todas as iniciativas que possam conduzir à solução e ao futuro do museu, independentemente do modelo de gestão que vier a ser adotado.”

Nesse sentido, o fórum terá um formato de debate das diferentes posições em confronto, “de modo a garantir a maior transparência dos desígnios e das soluções apresentadas por cada entidade e assim poder avaliar-se o que cada organização pretende fazer e desenvolver para garantir uma solução de futuro para a reabertura do Museu”, sublinham os promotores da iniciativa.

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