106º aniversário da assinatura do armistício assinalado em Loulé
Na passada segunda-feira, data em que foi celebrado o 106º aniversário da assinatura do Armistício de Compiègne que pôs um ponto final na I Guerra Mundial, a Câmara de Loulé prestou homenagem aos militares naturais do concelho que perderam a vida neste conflito, bem como nas campanhas de África.
Após a deposição de flores junto à fachada dos Paços do Concelho onde se encontram as lápides com os nomes dos militares naturais do município que participaram nestes conflitos, e da condecoração de dois combatentes em Angola, foi recordado o momento histórico que marcou o fim da guerra.
Neste conflito morreram milhões de pessoas. Portugal enviou mais de 100 mil homens, dos quais 8 mil perderam a vida nas trincheiras da Flandres ou nos campos de batalha de África.
“Foram anos muito negros, em que muitos dos nossos conterrâneos foram rumo à desolação e ao sofrimento de uma terrível guerra. Esses jovens, arrancados dos braços das suas famílias, eram oriundos de diversos pontos do nosso concelho. Hoje, passados 106 anos, cabe-nos a nós relembrarmos e homenagearmos os combatentes, esses louletanos (pais, filhos, netos, irmãos) que, ao serviço de Portugal, tombaram no campo de batalha”, disse Vítor Aleixo, presidente da câmara.
Evocar este passado é também “uma chamada de atenção para os horrores da guerra e um apelo à paz”, sobretudo numa altura em que decorrem conflitos em várias partes do mundo.
O representante do Núcleo de Loulé da Liga dos Combatentes, Sargento-Mor Leal, destacou o trabalho da instituição na promoção dos valores e na luta pela dignidade dos combatentes vivos e pela honra dos que caíram.
“Continuemos a lutar pelos valores em que acreditamos, a promover a História, a conservação das memórias e a procurar apoios que garantam aos combatentes e famílias o reconhecimento e a solidariedade que à luz dos direitos humanos e dos serviços prestados têm direito”, afirmou o militar.