Britânicos começam a voltar em força ao Algarve
Texto: Jorge Eusébio
O número de britânicos que escolhem o Algarve para passar férias registou um aumento de
cerca de 4 por cento no primeiro semestre do ano. É uma boa notícia para a região, uma vez que, dessa forma, se começa a inverter a tendência dos últimos dois anos.
O presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, Elidérico Viegas, atribui esta alteração “ao facto da libra ter passado a ter um melhor comportamento e por alguns destinos nossos concorrentes, que tinham crescido bastante em anos anteriores, estarem agora a apresentar sinais de descida.”
No entanto, alerta, “é preciso não esquecer que esta subida dá-se na sequência de descidas muito acentuadas, pelo que ainda falta recuperar muito do que se perdeu no passado recente.”
A este sinal positivo há a juntar um outro: também há mais portugueses a escolherem a região para passar uns dias de lazer. Pelas contas da AHETA, o aumento registado ao longo dos primeiros seis meses do ano foi de 6 por cento.
Mas nem tudo são boas notícias. Há dois mercados importantes para a região, o alemão e o holandês, que estão em tendência de queda.
Isso faz com que os estabelecimentos de alojamento que tradicionalmente estão mais expostos a este tipo de turismo, sobretudo, os situados em Lagos, Sagres, Carvoeiro, Monte Gordo, Vila Real de Sto. António e Castro Marim, tenham sentido algumas dificuldades.
A atividade dos restantes, que ‘vivem’ predominantemente do turismo britânico e português, tem sido mais positiva, uma vez que recebem mais alguns clientes e receitas do que no ano passado.
No global, na primeira metade do ano, “registou-se no Algarve uma ligeira subida das taxas de ocupação das unidades de restauração, que não chegou a um por cento.” Perspetivando os segundos seis meses, Elidérico Viegas prevê que o panorama atual não sofra grande alteração, o que significa que deveremos ter um ano turístico idêntico ou ligeiramente melhor do que o de 2018.