CRACEP ganha novo autocarro
Texto e fotos: Jorge Eusébio
Foi num ambiente de grande festa que funcionários e utentes da Cooperativa de Reeducação e Apoio à Criança Excepcional de Portimão (CRACEP) receberam, no dia 19 de julho, um autocarro oferecido pela empresa Transol.
Os utentes experimentaram, de imediato, a viatura e alguns já não queriam sair antes de dar uma voltinha. Trata-se de um veículo que vai facilitar muito a vida da instituição, sobretudo nas visitas e deslocações de médio e longo curso, diz a presidente do conselho de Administração da CRACEP, Maria de Lourdes Gouveia.
Isto porque a carrinha que servia para o efeito “já estava muito velha e até deixava entrar água, quando chovia” e, como só tinha 27 lugares, para transportar todos os utentes era necessário fazer várias viagens, o que, agora, é evitado.
O administrador da Transol, Rui Barata, diz que a entrega da viatura se insere no programa de iniciativas comemorativas dos seus 25 anos de existência. Este responsável refere que a atividade da empresa “não serve apenas para prestar o melhor serviço aos seus clientes e para que os nossos profissionais tenham uma vida melhor, mas queremos, também, ajudar a comunidade que nos rodeia.”
Antes já tinha oferecido um autocarro aos Bombeiros de Portimão e, na altura, “dissemos ao comandante Richard Marques e ao adjunto de Comando, Filipe Pinto, que era nossa intenção fazer uma oferta a outra instituição que tivesse relevo social, importância e uma carência grande de viaturas e eles indicaram-nos a CRACEP, que conheço bastante bem, sei que faz um trabalho meritório e muito difícil e tenho a certeza que este autocarro vai ser uma grande ajuda, vai fazer a diferença no dia a dia.”
Antes de ser entregue à CRACEP, o autocarro ainda passou pelas mãos da equipa da empresa Prime Digital, que o personalizou, pintando-o, em tempo recorde, com as cores e logotipo da instituição.
Com este problema resolvido, há ainda outras carências, mesmo ao nível da mobilidade, que continuam por colmatar. “Precisamos de adquirir carrinhas de nove lugares porque as que temos também já estão muito velhas”, refere Maria de Lourdes Gouveia.
Atualmente, a CRACEP conta com cerca de 40 utentes no Centro de Reabilitação Profissional (CRP) e 60 no Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), dos quais 34 vivem no seu lar residencial.
Através do Centro de Reabilitação Profissional procura-se dar ‘ferramentas’ aos utentes, que aí fazem diversos cursos de formação, com o objetivo de ficarem capacitados a entrar no mercado de trabalho.
No entanto, lamenta Maria de Lourdes Gouveia, ultimamente, essa é uma tarefa que se tem vindo a revelar de um elevado grau de dificuldade, pois não é fácil conseguir que as empresas apostem a sério nestes jovens e lhes deem efetivas oportunidades de emprego.