Recriação da ‘descarga’ abre Festival da Sardinha

Foto: CM Portimão

A recriação do ambiente vivido há mais de quatro décadas, quando Portimão dependia da pesca, abre o 28° Festival da Sardinha, no dia 30 de julho, às 10h30.

O Cais Gil Eanes, perto da antiga lota, regressa ao passado para mostrar à população a azáfama dos finais dos anos 70, com a chegada da traineira carregada de sardinha. É acompanhada, na atracagem, por um bote que, a bordo, leva o homem que irá baldear a embarcação. Ficará com o ‘peixe da companhia’, pertencente aos pescadores, e que será levado para a muralha, para ser vendido pela ‘porta do cavalo’.
No cais será realizado o leilão da sardinha em lota, com a ‘venda à boca’, uma ladainha de números, por ordem decrescente, que só é interrompida pelo ‘Chui!’ do comprador.

Segue-se o voo das canastras cheias, do convés da traineira até ao trabalhador que as recebe na muralha, despejando de imediato o peixe em caixas para ser gelado ou salgado.

O ambiente da lota, com as suas dinâmicas, era considerado um espetáculo para os muitos curiosos e turistas que por ali passavam e ficavam a assistir a este movimento. O Museu recria este episódio, tanto para dar oportunidade de recordar, como de dar a conhecer esta vivência.

Para reproduzir este momento, a Docapesca, parceiro do Festival, oferece cerca de 500 quilos de sardinha, que serão depois entregues às associações do recinto para que seja consumida no primeiro dia. Durante a recriação serão ainda oferecidas, a quem assiste, senhas de degustação gratuita de duas sardinhas no pão e bebida, que podem ser utilizadas no recinto, entre dia 30 de julho e 4 de agosto.

Este ano, volta também a ser possível os visitantes adquirirem o copo do Festival por um euro, no caso do de 20 centilitros, ou 1,50 euro, no caso do de 50. Durante todo o evento, haverá um serviço de lavagem de copos, que pode ser usado para, por exemplo, não misturar diferentes bebidas. Basta entregar o copo sujo, que de imediato o visitante recebe um lavado.

Também o ‘Prato Festival’ mantém-se nos 10,50 euros e inclui cinco sardinhas assadas, pão, batata cozida e salada à algarvia, sem bebida. É disponibilizado pelas diversas associações locais que estarão nas tasquinhas do recinto. É o caso do Boa Esperança, do Clube Desportivo e Recreativo da Pedra Mourinha, do Clube União, do Gil Eanes Juventude Portimonense Clube (Gejupce) e do Grupo Desportivo e Recreativo Alvorense.

Além do recinto oficial, os visitantes podem saborear a sardinha assada na Dona Barca, no Forte e Feio, no Retiro do Peixe Assado, na Peixarada, no Ú Venâncio e Zizá, restaurantes situados na zona ribeirinha, parceiros do Festival.

Este ano, a Confraria Gastronómica da Sardinha de Portimão promove também vários ‘showcookings’ com chefs convidados, que têm a sardinha como ingrediente principal.

Outro grande atrativo é o cartaz musical que conta com as atuações, sempre às 22h00, de Aurea, no dia 30, Sara Correia, a 31 de julho, Anjos, a 1 de agosto, Richie Campbell, no dia 2, Marisa Liz, no dia 3, e Delfins, a 4 de agosto. A programação completa está disponível online (festivaldasardinha.pt). A entrada é livre e o espaço está aberto das 18h00 às 24h00.

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