AHETA insiste no recomeço das obras de requalificação na EN 125

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Se os trabalhos não avançarem rapidamente, Elidérico Viegas alerta desde já, em declarações ao ‘site’ da revista Algarve Vivo, para as consequências no turismo algarvio na Páscoa em 2017. E compara a imagem desta região ao nível de um país do ‘terceiro mundo.”

José Manuel Oliveira
“O Algarve continua a  transmitir uma imagem ao nível de um país do ‘terceiro mundo’ devido às obras de requalificação da Estrada Nacional 125 abandonadas desde finais de junho e sinalética inexistente, com os riscos daí resultantes para a circulação do trânsito e repercussões negativas para o turismo”, afirma à revista Algarve Vivo o presidente da Direção da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas.

 

“Se os trabalhos não avançarem rapidamente, será ainda mais preocupante para esta região com a possibilidade de mais atrasos e consequências para a Páscoa em 2017″, sublinha. Como tal, volta a pedir a intervenção “urgente e esclarecedora” do primeiro-ministro, António Costa.
Aquele dirigente lembra que a recente aprovação do PENSE 2020 (Plano Estratégico de Segurança Rodoviária), cujos objetivos são a melhoria da rede rodoviária nacional e municipal, tendo em vista a redução do número de acidentes e de vítimas, “veio chamar a atenção para a urgência em reiniciar” as obras de requalificação da EN 125.
“A aprovação de um Plano desta natureza, louvável a todos os níveis, não deixa de ser algo contraditório, uma vez que as obras de requalificação da EN 125 – a estrada mais perigosa do nosso País e onde ocorre o maior número de acidentes e vítimas – continuam sem data marcada para o seu reinício”, nota Elidérico Viegas, considerando “muito preocupante não haver garantias” para o reinício dos trabalhos em Janeiro de 2017.

 

“A falta de um planeamento adequado para a realização destas obras”, reforça em tom  crítico,  “causou enormes transtornos e descontentamento aos algarvios em particular, mas também e, sobretudo, a todos aqueles que nos visitam, tendo as obras em curso sido interrompidas no verão passado, ficando o seu recomeço prometido e agendado para meados do mês Setembro, o que, infelizmente, não aconteceu. Assim sendo, a maior Sala de Visitas do País tem, hoje, a sua principal via de comunicação transformada num autêntico estaleiro a céu aberto em grande parte da sua extensão, sem que haja data prevista para o reinício dos trabalhos e, muito menos, para a sua finalização.”

 

A AHETA insiste que não compreende estes atrasos e tem “fundados receios relativamente ao cumprimento da promessa do governo, segundo a qual as obras serão reiniciadas no princípio do mês de Janeiro.” Por isso,  apela, “mais uma vez, aos mais altos responsáveis da governação, incluindo o primeiro-ministro, para uma intervenção urgente e esclarecida, visando recuperar os atrasos e evitar os impactos negativos durante o próximo verão no sector turístico, resultantes dos inconvenientes causados pelo enorme volume de tráfego.”

 

Elidérico Viegas recorda, por outro lado, que não estão previstas quaisquer melhorias no troço compreendido entre Olhão e Vila Real de Santo António, o que, lamenta, “contraria não só o referido PENSE 2020 como o próprio interesse público, atendendo à importância estratégica na economia portuguesa da maior atividade exportadora nacional – o turismo – e ao facto da região ser o principal contribuinte líquido desta riqueza.”

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