AHETA lamenta saída britânica da União Europeia

2016-05-26-turistas

A direção da AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve “não esconde a sua preocupação face à instabilidade financeira criada na sequência do BREXIT e, sobretudo, das implicações que a mesma pode vir a ter nos resultados turísticos da região nos tempos mais próximos”, pode ler-se em comunicado a que Algarve Vivo teve acesso.

Segundo os responsáveis por aquela associação, o Reino Unido “é responsável por cerca de 1,8 milhões de passageiros desembarcados, anualmente, no aeroporto de Faro, mais de 54 por cento do total, dos quais 1,1 milhões ficam hospedados nos meios classificados oficialmente e 700 mil em segundas residências, casas de amigos e alojamento não classificado, incluindo aqueles que, apesar de utilizarem a nossa infraestrutura aeroportuária, têm o sul de Espanha como destino.”

Uma vez que o mercado britânico “representa mais de 33 por cento das dormidas totais do Algarve (5,75 milhões), embora o nosso ‘share’ não ultrapasse os 2,5 por cento neste mercado”, a AHETA recorda que “mais de 40 milhões de britânicos fazem férias no exterior por períodos superiores a quatro dias todos os anos.”

Por outro lado, conforme dados apurados pela entidade hoteleira algarvia, “os turistas oriundos do Reino Unido permanecem, em média, 5,8 dias na região, enquanto a estadia média global não ultrapassa os 4,9 dias. Acresce que mais de 60 por cento dos jogadores de golfe são britânicos, ou seja, cerca de 155 mil pessoas, havendo ainda 50 mil residentes temporários oriundos do Reino Unido, contribuindo em larga medida para o sucesso do turismo residencial.”

Também é destacado neste documento que o mesmo mercado “apresenta este ano um crescimento acumulado verdadeiramente notável face ao mesmo período do ano anterior, traduzido em mais de 19 por cento, tornando-o ainda mais estratégico e prioritário do que nunca para o turismo do Algarve e, por essa via, para o nacional.”

Pela soma destes fatores, a AHETA entende que a economia do turismo do Algarve é “demasiado dependente do Reino Unido, com eventuais convulsões económicas e sociais naquele país a refletirem-se negativamente e de forma muito profunda nos resultados turísticos e empresariais da região em particular, e do nosso país em geral.”

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