Andebol do LAC apresenta-se com forte ambição na fase nacional

Foto: Mário Moreira

Fotos: Mário Moreira


É já normal que todos os anos, por esta altura, várias equipas dos escalões de formação do Lagoa Académico Clube(LAC) estejam na luta pelos primeiros lugares do andebol nacional.

Um dos destaques da época 2023/2024 estão a ser os sub-16 masculinos, que somaram 18 vitórias em 18 jogos na primeira fase (regional), conquistando o título e mostrando argumentos para ser uma das equipas mais fortes da época nesta faixa etária.

“Desde o início da época que temos traçado um objetivo claro e ambicioso, que é chegar aos quatro primeiros classificados na fase final nacional, que se vai disputar em junho. É ambicioso, mas acho que temos um leque de atletas que nos permite sonhar com isso.

Nesta primeira fase tivemos várias lesões, com jogadores que iniciaram agora a competição e vão acrescentar ainda mais à equipa”, explica ao Lagoa Informa o treinador Cristiano Batista.

Para chegar à fase final, a equipa tem pela frente seis jogos com o Costa D’oiro, o Belenenses e o Naval Setubalense. Nada que a assuste.

“Ganhar o grupo é o objetivo. O adversário mais difícil será, à partida, o Naval Setubalense, aquele que nos vai criar mais dificuldades, mas estamos confiantes”, acrescenta. No primeiro jogo desta fase, no domingo, dia 7, o LAC venceu o Costa D’oiro por 32-24, em Lagos.

O técnico destaca a qualidade da equipa que lidera e, sem querer referir nomes, revela que já há clubes nacionais ‘de olho’ nestes jogadores.

“Há atletas que se têm destacado, mas não vou referir nomes. Já estou no LAC há quatro anos, sempre trabalhei com equipas de qualidade, que vinha dos escalões anteriores e que melhorámos. Mas nunca tive um grupo como o deste ano. Existem dois ou três atletas que estão num nível superior e que são habitualmente convocados para o escalão acima. Alguns já despertam interesse de clubes a nível nacional, que estão a observá-los e a pedir informações”, refere Cristiano Batista. Sobre o título nacional, o treinador acredita que é possível trazer o troféu para Lagoa.

“É sempre possível sonhar com o título, mas também é sempre muito difícil lá chegar. Não digo que é impossível, mas sei que a equipa tem talento para isso. Estou convicto que estaremos nos quatro primeiros e sabemos de antemão que dentro deste leque de formações, a sorte vai ter o seu papel, consoante o que o sorteio ditar no cruzamento de equipas. Eu quero que os jogadores acreditem que podem chegar aos quatro primeiros. Depois logo veremos todos o que podemos alcançar”, salienta.

Recorde-se que na época passada esta equipa ficou no sétimo lugar nacional.

Futuro e talento no feminino
A equipa feminina de sub-16 joga fora de casa no próximo sábado, 13 de abril, com o Boa Água (Setúbal), num encontro decisivo para as aspirações do LAC.

A única hipótese que estas atletas têm de garantir um lugar na próxima fase nacional, é ser um dos segundos melhores classificados entre os vários grupos.

“Por isso, ganhar este jogo é um passo fundamental para ficar em segundo lugar no grupo e poder ser um dos melhores segundos”, sublinha Afonso Manita, um dos treinadores da formação.

A tarefa não será fácil, mas Diogo Almeida, o outro técnico, destaca o trabalho desenvolvido até aqui.

“A equipa tem vindo em crescendo, está a melhorar, mas ainda faltam aprimorar alguns aspetos, técnica e taticamente. Há margem para crescer. Acho que em certos momentos, o principal adversário somos nós. Muitas vezes temos jogos mais fáceis que complicamos e depois nos difíceis as atletas superaram-se a acabamos por vencer”, afirma.

Em termos de qualidade, Afonso Manita destaca “o coletivo”. “É uma equipa muito homogénea. Quando mexemos na equipa, não se nota a diferença no rendimento. Têm todas muita qualidades e um nível semelhante”.

Ao invés, o aspeto psicológico é apontado pelos dois treinadores como a ponto mais fraco. “A concentração, a motivação e a inteligência emocional são pontos chave que têm de ser melhorados. É algo onde já estamos a focar o nosso trabalho para, gradualmente, irmos melhorando”, refere Diogo.
Ainda que esta época os resultados possam não ser os desejados, Afonso Manita salienta que a qualidade não falta, lembra que esta formação é muito jovem e o melhor está ainda para vir.

“É uma equipa nova, com muitas atletas sub-14 e sub-16 de primeiro ano. Tem muito futuro, um enorme potencial e o auge destas jogadoras será daqui a dois anos. Nessa altura será uma equipa muito forte e com mais ambição”, frisa.

Ainda assim, as sub-16 vivem do presente e os dois técnicos acreditam “que as atletas vão dar tudo para conquistar um lugar na próxima fase”.

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