Antigos autarcas de Lagos foram homenageados no Dia do Município

O auditório do Centro Cultural de Lagos foi o palco, no passado domingo, da sessão solene do Dia do Município, onde foram homenageados os antigos autarcas que exerceram funções na presidência dos órgãos do município e como presidentes de junta de freguesia desde 1974.

Foram cerca de 50 as personalidades locais recordadas e distinguidas, algumas das quais, já falecidas, representadas por familiares. “Nas suas pessoas foi homenageado um número ainda mais vasto de homens e mulheres autarcas que integraram as equipas dos sucessivos executivos, assim como as assembleias municipais e de freguesia que em Lagos, ao longo dos 50 anos de democracia em Portugal, ajudaram a dar voz aos anseios das populações”, refere a câmara.

Na cerimónia, Hugo Pereira, presidente da autarquia, sublinhou a proximidade entre eleitores e decisores políticos como sendo, precisamente, “a grande bandeira do Poder Local Democrático e o que o diferencia das demais instâncias de poder, assim como o conhecimento das singularidades do território e a capacidade de auscultar e dialogar com as populações, interpretando o sentimento e a vontade da comunidade”.

Por seu turno, a presidente da Assembleia Municipal, Joaquina Matos, recordou como era Lagos e Portugal antes de 1974, “com fome de pão, de paz, de liberdade e de dignidade”, sem infraestruturas e afetado pelo êxodo emigratório, enaltecendo o trabalho desenvolvido pelos autarcas.

Os homenageados receberam uma medalha comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril e um diploma que exprime o reconhecimento público do município pelo contributo que deram em prol da democracia autárquica.

A cerimónia contou também com um momento musical, interpretado pelo duo composto por Ricardo Batista (guitarra clássica) e Tiago Santos (clarinete), e com a projeção de dois vídeos, o primeiro dos quais (“Feitos de Silêncio”) produzido no âmbito de um projeto criativo que reuniu várias gerações e registou as suas memórias do tempo da ditadura, marcado pelo silêncio e pela ausência de direitos, e um segundo registo audiovisual que procurou condensar em poucos minutos alguns dos principais marcos do desenvolvimento do concelho ao longo destes últimos 50 anos.

You may also like...

Deixe um comentário