Assembleia de utentes da Via do Infante marcada para Faro

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A Comissão de Utentes da Via do Infante vai promover no sábado 21 de novembro, a partir das 17h00, uma assembleia a decorrer no Moto Clube de Faro, para debater as consequências de quatro anos de imposição das portagens no Algarve e agendar novas ações de luta para a sua abolição imediata.

Aquela comissão endereça convite público e apela à participação na assembleia, sublinhando que a EN 125 “transformou-se numa via de muito sofrimento e de morte, em grande parte devido às portagens na A22 e por tardar a sua requalificação, que continua a marcar passo.”

“Além dos elevados prejuízos provocados à economia regional e ao erário público, fruto de uma parceria deveras ruinosa que só serve para encher os bolsos da concessionária”, a comissão fez contas e lamenta que o Algarve “feche o ano com a cifra de 10 mil acidentes – uma brutalidade!”

“Só entre 1 de janeiro e 21 de outubro deste ano registaram-se 7943 acidentes, mais 957 do que no mesmo período do ano passado”, referem os contestatários, que lembram terem ocorrido na região e no mesmo período o 32 vítimas mortais, mais 12 do que em 2014 e mais 15 do que em 2013, ao passo que os feridos graves também aumentaram, passando de 111 em 2014 para 138 em 2015.

Contas feitas, “Faro é o quarto distrito do país onde houve mais acidentes, só sendo ultrapassado por Lisboa, Porto e Braga”, o que para aquela comissão de utentes representa “um autêntico estado de guerra não declarado no Algarve”, pelo que o novo governo “não deve e não pode fechar os olhos a toda esta tragédia que todos os dias se está a abater sobre a região algarvia.”

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