Centena e meia de olhanenses vão beneficiar de apoio para aquisição de medicamentos
Foi formalizada esta quinta-feira, 18 de maio, a parceria entre o Município de Olhão e a Associação Dignitude, que vai permitir aos olhanenses em situação de maior vulnerabilidade económica beneficiarem de uma comparticipação na compra de medicamentos.
Este protocolo vai abranger, já este ano, 150 munícipes.
A cerimónia de assinatura do protocolo, que se insere na programação do Maio, Mês do Coração, contou com a presença de Maria João Toscano, da Associação Dignitude, do presidente da autarquia, António Miguel Pina, do vice-presidente, Ricardo Calé, das vereadoras Elsa Parreira e Catarina Poço, e de representantes das farmácias e das IPSSs do concelho.
Na ocasião, e após agradecer a adesão por parte dos parceiros, António Miguel Pina teve oportunidade de sublinhar a importância deste projeto, cofinanciado pela Dignitude e pelo Município, enquanto garantia de que ninguém deixe de fazer a sua medicação por motivos financeiros: “não queremos que nenhum olhanense tenha que se confrontar com a escolha entre comer e fazer a sua terapêutica. Temos de ir onde for preciso ir para que a nossa sociedade seja cada vez mais justa para todos”.
Uma ideia partilhada por Maria João Toscano. A representante do primeiro programa solidário da Associação Dignitude agradeceu ao Município e aos restantes parceiros locais a adesão ao projeto, cujo objetivo é “chegar às camadas mais vulneráveis da população. Com este programa, e graças ao envolvimento de todos, podemos apoiá-los”.
A importância do papel dos parceiros no sucesso do programa foi, igualmente, sublinhada por Ricardo Calé: “as farmácias e as IPSSs são fundamentais na divulgação deste projeto, para que ele possa chegar ao maior número de pessoas possível”.
Os beneficiários ABEM são referenciados pelas entidades parceiras, neste caso, pelo Município de Olhão.
Após referenciação, é-lhes atribuído um cartão, que pode ser utilizado em qualquer farmácia do país identificada com o autocolante ‘Farmácia abem.’
O apoio abrange a aquisição dos medicamentos sujeitos a receita médica e comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde.
Um em cada 10 portugueses não tem dinheiro para comprar a medicação que precisa.
Cada pessoa que não segue a medicação prescrita agrava o seu estado de saúde individual, familiar e comunitário, e aumenta a probabilidade de recorrer aos serviços hospitalares com complicações.