Cinco milhões de euros investidos nas áreas empresarias de Lagos
A Câmara de Lagos vai avançar com a transição verde e digital nas três áreas de acolhimento empresarial (AAE) do concelho. Está em causa um investimento de 5 milhões de euros, financiada a 100% por fundos pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Irá beneficiar uma área total de cerca de 165 mil m2, onde estão instaladas várias dezenas de empresas, distribuídas pelas três áreas de acolhimento empresarial de Lagos (Área Empresarial do Chinicato, Área Empresarial Municipal do Chinicato e Área Empresarial da Marateca)”, refere a autarquia, adiantando que esta foi a única candidatura do Algarve aprovada entre as dez selecionadas a nível nacional.
Em concreto, explica a edilidade, os projetos contemplam a intervenção “em quatro componentes distintas, mas que se interligam: energia renovável, mobilidade sustentável, comunicações e segurança”.
Assim, no campo da energia renovável está prevista “a instalação de sistemas de produção e armazenamento de energia (painéis fotovoltaicos) para consumo das empresas instaladas nestas áreas, a par da criação de uma Comunidade de Energia Renovável (CER)”.
Em matéria de mobilidade “serão criados 24 pontos de carregamento de veículos elétricos que ficarão acessíveis não apenas aos empresários, mas a outros potenciais utilizadores”.
No que respeita às comunicações, a instalação de “uma solução integrada de telecomunicações reforçará a cobertura de rede 5G fisicamente (por cabo) e via rádio (sem fios), fazendo chegar sinal com ótima qualidade a cada uma das empresas instaladas nas AAE”.
Por fim, a implementação de medidas de prevenção e proteção contra incêndios das áreas de acolhimento empresarial “permitirá, através de câmaras de infravermelhos (câmaras térmicas), detetar precocemente focos de incêndios, garantindo tempos de resposta mais curtos e eficientes, uma vez que a solução também prevê a monitorização permanente da pressão dos hidrantes existentes”.
A câmara salienta que “a integração dos quatro projetos numa única empreitada de execução assenta numa lógica de partilha e poupança de recursos, designadamente da sala de controlo, que monitorizará tanto a produção de energia, como a deteção de incêndios, e das torres a instalar, que tanto servirão para as comunicações como para o sistema de deteção de incêndios”.