Escola Teixeira Gomes criou ‘Our Speaker’s Corner’
A Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, ganhou um novo espaço, chamado ‘Our Speaker’s Corner’, no dia 18 de novembro, data que assinala o Dia Mundial da Filosofia e da Liberdade de Expressão, por iniciativa da turma de Artes 11º S.
O desafio foi colocado numa aula de Filosofia, pelo professor Carlos Café, e inspirou-se no mítico ‘Speaker’s Corner’ do londrino Hyde Park. O objetivo foi criar um espaço nos jardins da escola que simboliza o livre pensamento e estimula a liberdade de expressão, o exercício da cidadania e a promoção da inclusão social.
Aquele local na secundária está, desta forma, vocacionado para debates informais e espontâneos, aulas ao ar livre ou outras atividades educativas, artísticas ou lúdicas que os membros da comunidade escolar decidam fazer. A zona do jardim onde o ‘Our Speaker’s Corner’ foi implementado passa a ser o ‘Canteiro das Artes’, que será intervencionado com as plantas, flores e esculturas que os estudantes de Artes lá decidirem colocar.
Este é, segundo os jovens, o primeiro de vários equipamentos idealizados e construídos pela comunidade escolar da Secundária Manuel Teixeira Gomes, como contributo para a requalificação daquelas zonas e de incentivo à utilização desses espaços nas dinâmicas pedagógicas do agrupamento.
Nesse sentido, foi construído um estrado em madeira com rampa acessível, um painel com a identificação do projeto e um conjunto de pequenos bancos para ouvintes com dificuldades de locomoção, quase tudo feito com materiais usados e obtidos junto da comunidade educativa, sobretudo encarregados de educação.
Os pequenos bancos foram pintados de modo a incluírem no seu conjunto as diferentes cores do arco-íris, como símbolo da defesa da não discriminação por razões de orientação sexual.
A conceção e produção dos equipamentos é da responsabilidade do 11º S e no projeto estiveram envolvidos encarregados de educação, os grupos de Filosofia e de Artes Visuais e a Direção do Agrupamento Manuel Teixeira Gomes.
A jovem estudante Ana Tomé, é uma das entusiastas deste projeto, considera que este “é bastante importante para a comunidade escolar, pois representa uma maneira inovadora” de se ‘livrarem’ “dos métodos tradicionais de avaliação, como os testes e as apresentações orais, e uma excelente forma de promover, não só a liberdade de expressão, como também a partilha de informações, ideias e a realização de várias ações”.