ESPAMOL deu a conhecer oferta educativa para ensino secundário
Os alunos que frequentam o nono ano no concelho tiveram a oportunidade de visitar a Escola Secundária Padre António Martins Oliveira, em Lagoa, no final de março, para conhecer os vários cursos disponíveis, a partir do 10º ano.
Numa mostra que decorreu durante dois dias, a iniciativa permitiu que os estudantes tomassem contacto com professores e outros colegas mais velhos, vissem em contexto prático o que aprendem, quais as disciplinas existentes em cada curso e esclarecessem dúvidas. O objetivo é que, no final deste ano letivo, possam tomar uma decisão consciente, com mais informação, sobre o caminho a seguir.
Assim, o primeiro dia foi dirigido aos alunos que frequentam a ESPAMOL, num universo de sete turmas de nono ano, num total de 130 jovens, e o segundo foi exclusivo para os alunos das Escolas Básicas de Estômbar e do Parchal, do Agrupamento Rio Arade.
“São alunos que estão a terminar o ensino básico e vão passar para o secundário. Irão ter que escolher e é sempre muito difícil, até porque têm apenas 14 ou 15 anos e, muitas vezes, ainda não sabem exatamente o que querem. O nosso propósito aqui, como a única Escola Secundária do concelho, é dar informação a todos” para que possam escolher de forma mais acertada e informada, explicou ao Lagoa Informa Emília Vicente, diretora do Agrupamento ESPAMOL.
O formato adotado pela primeira vez este ano, com diversos stands e experiências práticas, levou a que o feedback seja o de que, no futuro, devesse haver uma maior abertura à comunidade, às empresas e aos pais.
“É um momento muito importante para os alunos e para a escola”, afirma Emília Vicente.
Ensino regular versus profissional
Nesta mostra, o Agrupamento deu a conhecer os cursos do ensino regular, tanto das áreas científica, como humanística, e os do ensino profissional.
“Uns são cursos de prosseguimento de estudos e outros são de dupla certificação. Ou seja, nestes últimos, podem continuar os estudos a nível superior ou prosseguir logo para o mercado de trabalho. São mais práticos. Começam a trabalhar nas empresas, fazem estágios”, distingue Emília Vicente.
O importante é informar, porque no secundário há uma realidade diferente. Alguns alunos não sabem, por exemplo, que neste ciclo não podem ‘deixar disciplinas por fazer’ e que têm de ter positiva. Nem têm noção da importância das notas para a média final.
Aposta no ensino profissional
A ESPAMOL conta, cada vez mais, com uma vertente mais alargada do que o mero ensino regular. Por isso, tem vindo a implementar o ensino profissional, com maior qualidade.
“Claro que o regular nos acompanha sempre, mas para dar mais resposta às necessidades do concelho de Lagoa, temos apostado numa maior qualidade do ensino profissional. Às vezes, em alguns estudantes, existe pouca ambição académica. E, ao mesmo tempo, há muita exigência e solicitação do mercado. Então temos de nos virar para a qualidade”, justifica a responsável.
São cursos de restaurante bar, cozinha, pastelaria, turismo, ação educativa, informática. “São adaptados ao que o concelho precisa”, salienta.
Escola secundária de Lagoa superlotada
Quem quiser estudar no concelho a partir do 10º ano terá de optar por este estabelecimento de ensino, mas acontece, com frequência, que alguns alunos da zona do Parchal, pela proximidade com Portimão, decidam ir para a cidade vizinha, ou outros que vivam no centro de Lagoa optem por Silves. “Isso não nos importa, até porque se há algo que não nos afeta agora é a falta de alunos. Estamos superlotados”, admite a responsável.
A realidade atual, em oposição há alguns anos, é que não é possível abarcar todos os alunos de nono ano do concelho.
“Temos a vantagem de sermos uma escola acolhedora e de haver grande proximidade entre alunos, professores e direção. No entanto, é impossível, em termos de logística de salas. Não conseguimos abarcar todos”, garante a professora Emília Vicente.
Tanto que já há planos para algumas alterações de forma a dar resposta à crescente procura. Uma delas é o encerramento de uma zona de telheiro para criar um novo espaço para colocação de cacifos e a outra é criar quatro novas salas numa área por cima dos balneários, para conseguir criar mais horários, avança a diretora.