Festival MED arranca esta semana e apresenta 54 concertos

O Festival MED está prestes a arrancar, decorrendo entre 27 a 30 deste mês, na zona histórica de Loulé. A 20ª edição deste evento conta com 90 horas de música, 54 concertos e 378 músicos de 31 países diferentes (é a edição com o maior número de nacionalidades), que irão atuar em 12 palcos. Este ano, haverá um país convidado, o Reino de Marrocos.

Na véspera do arranque oficial do MED, esta quarta-feira, 26 de junho, pelas 18h30, no Auditório do Solar da Música Nova, a participação marroquina faz-se através de um concerto de abertura, com a Orquestra Andalusí de Tetuan, que tem como convidada a cantora marroquina Lala Tamar.

É precisamente deste país magrebino, refere a autarquia louletana, que vêm alguns dos artistas de destaque, como a cantora Oum, o projeto Samifati apresenta Transe Gnawa Express ou o trabalho artístico “Aïta mon amour”, de Widad Mjama e do produtor Khalil Epi.

Serão alguns regressos a este palco como os Dubioza Kolektiv, a fadista Cristina Branco ou a fanfarra Kumpania Algazarra. A câmara salienta que o “MED contará também com encomendas, concertos especiais e únicos, como o que juntará os portugueses Albaluna ao músico Ahmed Hamdi Moussa, o de João Frade Trio que convida o bósnio Miron Rafajlović, ou o encontro imperdível entre a guineense Eneida Marta e o moçambicano Huca”.

O público louletano terá também oportunidade de assistir ao concerto de Anthony B, “uma das vozes e presenças fortes do reaggae, e esse será de certo um espetáculo com casa cheia”.

Das propostas mais arrojadas, diz a organização, “estão o finlandês Antti Paalanem, que funde as melodias tradicionais do seu país com eletronic dance musicx, ou o som potente dos sul-coreanos Idiotape, com uma mistura de eletrónica com o peso do rock”. 

Além dos concertos, o programa cultural é muito mais abrangente, desde logo com o Cinema MED, que traz a sétima arte aliada à música ao vivo. Na Literatura, a escritora louletana Lídia Jorge participa na conferência “Materializar as palavras – Da escrita à ação cívica”, por Mahi Binebine, o autor do livro “O Sono da Escrava” que será apresentado nesta ocasião. Esta é, de resto, uma das iniciativas que o país convidado nesta edição, o Reino de Marrocos, traz ao Festival.

O souk marroquino, no Claustro do Convento, vai revelar a riqueza cultural deste país, da gastronomia ao artesanato, da dança à música, num espaço com uma decoração tradicional de Marrocos.

O domingo, 30 de junho, é o dia aberto, de entrada gratuita, em que todos os visitantes terão a oportunidade de vivenciar um pouco do espírito do MED, através de alguns concertos ou da gastronomia de diferentes países. Neste dia há também dois showcookings, apresentados pela Associação In Loco e pela Tertúlia Algarvia.

As Poesias do Mundo, o palco MED Classic dedicado integralmente à música erudita, a animação de rua, as artes plásticas, o espaço MED Kids e muitas outras valências fazem parte de um programa que, segundo a edilidade, “aposta na qualidade e no propósito de surpreender os visitantes”.

Os bilhetes estão à venda no Cineteatro Louletano ou em Bol.pt. Nos dias do Festival podem ser adquiridos na Bilheteira MED, localizada na Praça da República.

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