Henrique Camacho ainda espera por dador de medula
Henrique Camacho, natural de Portimão, ainda necessita de encontrar um dador de medula óssea para combater uma leucemia, diagnosticada em setembro de 2021.
A mãe do jovem de 16 anos, Cláudia Camacho renova, por esta razão, o apelo à população na esperança de que seja encontrado um dador compatível que salve o filho, pois só um transplante de medula poderá ser eficaz no combate a esta doença.
Qualquer pessoa saudável, entre os 18 e os 45 anos, com mais de 50 quilogramas, mais de 150 centímetros de altura e que não tenha recebido transfusões de sangue após 1980, pode ajudar. Para isso basta dirigir-se a um serviço de doação de sangue em qualquer ponto do país ou hospital ou, no caso do concelho de Portimão e limítrofes, contactar a Associação de Dadores de Sangue do Barlavento Algarvio, sediada em frente ao antigo Mercado da Avenida 25 de Abril, por telefone (965 017 465).
“O Henrique faz os tratamentos de quimioterapia para atenuar, mas só o transplante pode ajudá-lo”, explica Cláudia Camacho, enquanto recorda as vezes que o jovem já esteve internado nos cuidados intensivos em risco de vida.
Foi uma dor no tórax que levou a que os pais o acompanhassem ao médico, como se fosse uma consulta normal quando um filho se sente doente, e fosse detetada a doença. Foi transferido para o Instituto Português de Oncologia, em Lisboa, apenas dois dias mais tarde e, desde essa altura, que tem vindo a ser seguido e a efetuar tratamentos nessa unidade de saúde.
“Num caso normal, o Henrique deveria ter entre 150 mil e 400 mil plaquetas. Chegou a ter apenas duas mil. Nenhum de nós é compatível com ele”, conta ao Portimão Jornal Cláudia Camacho que tem vindo a apelar à solidariedade das pessoas.
Na última recolha, promovida no Portimão Arena, apareceram mais de três centenas de pessoas, que cumpriam os requisitos necessários, mas ninguém era compatível. “E apelo porque, se as pessoas ajudarem e forem dar uma pequena amostra de sangue, até podem não ajudar o meu filho, mas podem fazer com que sejam encontrados dadores para outras crianças que estão na mesma situação. São tantas… As pessoas nem têm noção”, acrescenta.
E esta é uma luta difícil e desigual, pois depende mais da boa vontade dos outros, do que da medicina, de medicamentos e tratamentos.