João Graça (Chega): “A saúde é uma das maiores ‘doenças’ da região”
Quais são os temas ou medidas sobre o Algarve que vai procurar levar a discussão no parlamento?
Os temas são transversais e comuns praticamente a todos os partidos. Há um que parece estar resolvido, refiro-me às medidas para as portagens na Via do Infante, que apesar de ter sido um projeto apresentado pelo PS, sabemos todos a bem da verdade, que só foi aprovado porque o Chega votou a favor. Quero lembrar que o Chega não votou ao lado do PS, votou ao lado dos portugueses, porque esta foi uma das nossas promessas na campanha. Os outros temas, como a saúde, habitação, transportes e vias de comunicação, escassez de recursos hídricos, segurança, educação, turismo, pesca agricultura e pecuária, ainda se mantêm à espera de resolução. E o Chega vai levar a discussão no parlamento todas elas.
Que soluções vai o seu partido apresentar relativamente à saúde?
A principal é a construção dos hospitais, quer o hospital Central, quer o hospital de Lagos, e estabelecerem-se melhores condições e incentivos para os profissionais de saúde. A saúde é uma das maiores ‘doenças’ da região.
Acha que a Unidade Local de Saúde (ULS) vai conseguir aplicar medidas a este nível?
Foi uma precipitação a criação das ULS, traduz-se em mais uma forma de nomear e criar lugares políticos. A pergunta que deixo é se os profissionais de saúde foram ouvidos nesta decisão?
Sente que no Parlamento há consciência dos vários problemas que o Algarve atravessa?
Na minha modesta opinião, não. Mesmo e, apesar, de sabermos que nos últimos dois anos da legislatura anterior o Chega tentou sensibilizar o parlamento para as grandes lacunas e dificuldades da região, todos assistimos ao ‘olhar para o lado’ do PS e do PSD. O PS, com cinco deputados sofreu uma vergonhosa derrota nas últimas eleições legislativas, o que demonstrou toda a incompetência da esquerda e o PSD não pode olhar para o lado, porque votou e vota contra as medidas e projetos que o Chega apresentou para a região e, em virtude disso, ambos sofreram nas urnas.
Na sua perspetiva, que soluções relativamente à escassez da água podem ou devem avançar de imediato?
De imediato, temos de sensibilizar a população a uma poupança e gestão no consumo da água, pois não há milagres de um dia para o outro. Depois de forma séria, deveríamos sentar-nos à mesa e, em conjunto, delinear de uma vez por todas o que fazer para solucionar de vez este grave problema para o Algarve.
Que ações vai desenvolver para que os algarvios sintam que, de facto, há preocupação dos ‘seus’ deputados na Assembleia da República em resolver os problemas mais prementes da região?
As nossas ações são os projetos que o Chega já anteriormente apresentou na Assembleia. A esperança agora é que o PS e o PSD tenham aprendido a lição com a derrota no Algarve nas últimas legislativas e que, desta vez, olhem para a região de forma diferente e de uma vez por todas votem e decidam em prol do ‘algarvio’.