Lançamento da primeira pedra do Ikea Loulé
O vice-primeiro-ministro Paulo Portas esteve ontem em Loulé para participar na cerimónia de lançamento da primeira pedra do investimento do Grupo Ikea na cidade, em ato simbólico já que as obras arrancaram há algumas semanas.
Aquele que será um dos maiores investimentos em Portugal dos últimos anos irá integrar a construção de uma loja Ikea, um centro comercial e um outlet, num investimento que rondará os 200 milhões de euros.
O projeto criará 3000 postos de trabalho diretos, sendo que 250 serão de novos colaboradores da loja Ikea, mas o managing director Richard Vathaire acredita que esse número poderá ser superior, nomeadamente durante esta fase da construção.
Christiane Thomas, retail manager da Ikea Portugal, explicou os contornos deste investimento que trará ao Algarve aquela que é uma das maiores cadeiras de mobiliário e decoração do mundo: “A loja erá 24000m2 e será um ponto de inspiração e de soluções de decoração para toda a região do Algarve. A nossa visão é criar o melhor dia-a-dia para a maioria das pessoas. O nosso conceito de negócio assenta neste sonho, oferecer uma ampla gama de móveis e decoração para a casa, funcional, com qualidade, sustentabilidade e design, a preços acessíveis”, considerou a responsável sueca.
Por outro lado, o centro comercial, que irá abrir ao público em 2017, comportará 220 lojas e 3500 lugares de estacionamento, distribuídos por 85000m2.
Como é tradição nos grupos escandinavos, a Ikea fará projetos de responsabilidade social nesta região, nomeadamente na área da infância.
Richard Vathaire falou do investimento em Loulé como “um projeto absolutamente fantástico, sendo a única loja e outlet Ikea da região”.
“Apesar da situação económica, queremos continuar a contribuir para o desenvolvimento da economia portuguesa, com projetos de qualidade, e gerar riqueza e emprego”, considerou ainda Richard Vathaire.
Por seu turno, Paulo Portas entende este empreendimento como “muito significativo do ponto de vista da sua dimensão, pois é, do ponto de vista financeiro, um dos maiores desta legislatura, e do ponto de vista da criação de pontos de trabalho, seguramente, o maior dos últimos anos, numa região onde a questão da criação de emprego é muito importante.”
Reportando-se ao investimento, o vice-presidente da autarquia louletana, Hugo Nunes, referiu que este processo “já vai muito longo, foi complexo, controverso, amplamente discutido, contestado, mas também muito apoiado”.
Face às vozes críticas que receiam que a instalação do Ikea significará o declínio do comércio tradicional, o autarca foi claro ao referir que a edilidade está atenta a esta alteração do modelo de organização da atividade comercial e económica que terá um impacto nos centros urbanos.
Nesse sentido, a Câmara Municipal de Loulé e a própria Ikea estarão a refletir sobre as medidas para implementar que possam ajudar a “mitigar e minorar os impactos menos positivos junto do comércio local e que ajudem a procurar novos caminhos e soluções para a vitalidade e para as dinâmicas das zonas comerciais e dos centros urbanos das nossas cidades”, adiantou.