Loulé: Cineteatro faz ‘takeaway’ de cultura
Face à decisão do Governo de prolongar o confinamento e à impossibilidade de abrir ao público, o Cineteatro Louletano vai avançar – tal como já o fizera em 2020 – com programação online em março, de acesso universal e gratuito.
A ‘telecultura’ arranca com ‘Coração Negro’, de Rosa Coutinho Cabral, estreando assim a rubrica ‘Cinema às quintas’, com o apoio do Loulé Film Office e curadoria de Rui Tendinha. O ciclo propõe filmes maioritariamente portugueses a cada quinta-feira de março, sessões que podem ser vistas sem pagar bilhete, através da página do Facebook do Cineteatro Louletano, entre as 20h00 e as 24h00.
A programação online também vai dar música aos telespectadores, sons e imagens que vão viajar na rede de novo através do Facebook. É o caso dos Allcante, no sábado, dia 6, às 17h00. Um grupo que, como o próprio nome indica, se dedica sobretudo ao cante e às modas alentejanas, elevando as tradições de uma arte que é não só tradição mas também classificado como património imaterial da Humanidade pela UNESCO. O ‘All’ é de Alentejo, mas também de Algarve, de onde são originais alguns dos elementos da banda.
Sábado ainda, dia 6, projeto made in Algarve: Elephant Woman. A banda foi criada por Crestin Razvan, no baixo e voz, que se juntou mais tarde a Mariana Ribeiro, vocalista principal. David Pinto nas guitarras e Davide Nascimento na bateria, juntamente com Miguel Guerreiro nas teclas, compõem o ‘resto do Elefante’. The Elephant Woman nasceu em 2020, percorre diversos géneros musicais e promove o sentimento citado pela poesia lírica.
Também na música mas a 8 de março, às 19h00 os Grafonola Voadora regressam ao palco do CTL, com Napoleão Mira, para assinalar o Dia Internacional da Mulher, e a 20 de março é a vez de um outro repetente, desta vez em versão quinteto, a Orquestra de Jazz do Algarve, pelas 19h00. Concertos para ver e ouvir online.
Por fim, mas não menos importante, lugar ao teatro, até porque em março se celebra o seu Dia Mundial.
A 13, estreia em Loulé a peça ‘Antes’, de Pedro Penim, pelo Teatro Praga. Uma peça a não perder, que antes da pandemia, já viajou por Paris, Barcelona e Istambul. ‘Antes’ é uma pequena jóia da nova dramaturgia portuguesa, que aborda com ironia e humor a sensação de saudade, o apego ao passado. O encenador confronta um ‘tiranossaurus rex’ e um psicanalista pós-moderno num diálogo hilariante e amargo que oferece “alimento para o pensamento” sobre o futuro das nossas civilizações.
O mês termina também com – e sobre – teatro. A 27, às 17h00, Ricardo Neves-Neves, encenador, dramaturgo e ator, traz-nos uma mensagem televisionada a assinalar o Dia Mundial do Teatro. E não ficará a falar sozinho. Às 19h00, juntam-se ‘Ao Luar Teatro’, ‘Figo Lampo’, ‘Folha de Medronho’ e ‘Mákina de Cena’, que também nos trazem mensagens a propósito deste dia tão especial, fechando assim a programação neste mês que antecipa – em casa – a Primavera.