Luís Costa arrebata medalhas de ouro, prata e bronze
Texto: Hélio Nascimento | Foto: D.R., in Portimão Jornal nº 54
Desta jornada dupla no Canadá (Taça do Mundo e Campeonato do Mundo) levo uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze, pelo que se pode dizer que o saldo é francamente positivo”, disse Luís Costa, pouco antes de começar a fazer as malas para regressar a Portimão. Mais do que positiva, a participação do paraciclista em eventos desta dimensão justifica um ‘bravo’ com letras maiúsculas, e, ao mesmo tempo, um ‘obrigado’ especial de todos para o atleta, residente em Portimão há vários anos, que já se tornou um grande motivo de orgulho.
Depois da medalha de prata no contrarrelógio da Taça do Mundo, o representante de Portugal subiu um patamar no pódio e venceu a prova de fundo de classe H5. Nos 61,6 quilómetros do percurso, Luís Costa provou estar num nível muito superior à concorrência, começando por destacar-se na companhia do polaco Krzyzstof Plewa, e, um pouco mais à frente, deixou também para trás este rival para impor-se em solitário. O ‘portimonense’ chegou 28 segundos antes do polaco e 55 segundos à frente do italiano Diego Colombari, que ficaram com as restantes posições de pódio.
“E a bandeira de Portugal subiu ao mastro mais alto. E cantou-se o hino nacional no Canadá. E sim, tive dificuldade em segurar as lágrimas de emoção. A minha primeira medalha de ouro em Taças do Mundo! Vitória na prova de fundo, chegando isolado! Ainda estou a digerir o feito, só sei que me senti fortíssimo e confiante do princípio ao fim da prova”, festejou Luís Costa, dias antes de partir para o Mundial, também em solo canadiano.
Sem perder a embalagem, Luís Costa abriu a participação no Campeonato do Mundo de Paraciclismo com uma medalha de bronze na prova de contrarrelógio individual, na classe H5, tendo completado os 18,9 quilómetros em 30min 36seg, ficando apenas atrás do neerlandês Mitch Valize, que venceu a prova, e do francês Loic Vergnaud (segundo).
Na última corrida desta verdadeira ‘maratona’, Luís Costa alcançou o 7º lugar na prova de fundo. “Fiz tudo o que podia para tentar evitar uma chegada ao sprint, onde normalmente não sou forte, com os atletas que discutiam o 3º lugar, mas não consegui deixá-los para trás”, salientou, o que em nada invalida a brilhante página que fica para a história do desporto nacional.