Mandatário adjunto da coligação PSD/CDS-PP no Algarve demite-se

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O centrista Rui Costa, recém-nomeado mandatário adjunto distrital da coligação Portugal à Frente PSD/CDS-PP, considera que a imposição pela direção nacional do partido de Paulo Portas de um candidato “não residente nem natural do Algarve, é uma desconsideração aos algarvios”, numa alusão a Teresa Caeiro, de Lisboa, que ocupa o terceiro lugar na lista de candidatos a deputados pelo Círculo Eleitoral de Faro às eleições legislativas a realizar no dia 4 de outubro. Ao renunciar ao cargo, em comunicação enviada ao presidente da Distrital, José Caçarino, Rui Costa lembra que “o CDS-PP é um partido aberto e democrático” e “não tem cabimento o cumprimento de decisões sem as mesmas serem objeto de análise, discussão e votação pelos militantes e estruturas locais ou distritais”. 

José Manuel Oliveira

Rui Manuel Correia Costa, militante da concelhia de Olhão do CDS-PP, apresentou a sua demissão do cargo de mandatário adjunto distrital da coligação Portugal à Frente PSD/CDS-PP, na sequência da escolha do seu partido em Teresa Caeiro para o terceiro lugar da lista de candidatos a deputados pelo Círculo Eleitoral de Faro nas eleições legislativas que terão lugar no dia 4 de outubro. Recorde-se que em Assembleia Distrital do CDS-PP, ao qual foram atribuídos os terceiros e sétimos lugares, além de dois suplentes, na lista do Algarve da coligação dos dois partidos do Governo, tinha sido aprovado o nome de Francisco Paulino, um dos vice-presidentes da Comissão Política Distrital, precisamente para o lugar agora ocupado pela jurista Teresa Caeiro, de 46 anos e natural de Lisboa, por decisão do Conselho Nacional dos centristas, a 30 de julho.

“Considerando que a imposição de um primeiro candidato, não residente nem natural do Algarve, é uma desconsideração aos algarvios; considerando que assumi um compromisso de honra perante V. Exa. e os restantes membros da Comissão Política Distrital do CDS-PP do Algarve, venho renunciar ao cargo de Mandatário Adjunto Distrital da Coligação Portugal à Frente”, referiu Rui Costa em comunicação enviada, no dia 5 do corrente, ao presidente da Comissão Política Distrital do CDS-PP do Algarve, José Caçorino, a que Algarve Vivo teve acesso.

Nessa comunicação, Rui Costa recordou que em sede da última reunião daquela estrutura distrital dos centristas “foi aprovado por unanimidade uma tomada de posição dos seus membros”, caso os nomes indicados e aprovados para os lugares atribuídos ao CDS na lista de candidatos a deputados pelo Círculo de Eleitoral de Faro, não serem aceites ou alterados pela direção nacional do partido, “nomeadamente a demissão de cargos na estrutura distrital da campanha e a não aceitação das alterações impostas”.

Antes de se insurgir contra a imposição dos órgãos nacionais dos centristas num candidato “não residente nem natural do Algarve”, em alusão a Teresa Caeiro para o terceiro lugar da lista, considerando tal escolha “uma desconsideração aos algarvios”, o mandatário, que agora abandona estas funções, lembrou que “o CDS-PP é um partido aberto e democrático” e “não tem cabimento o cumprimento de decisões sem as mesmas serem objeto de análise, discussão e votação pelos militantes e estruturas locais ou distritais”.

José Pedro Caçorino, presidente da Distrital do CDS no Algarve e vereador da Câmara Municipal de Portimão, indicado para sétimo lugar na lista de candidatos a deputados dos dois partidos da coligação governamental pelo Círculo Eleitoral de Faro, em Assembleia Distrital dos centristas, já manifestou o seu apoio a Teresa Caeiro na página do partido no Algarve no Facebook: “Com grande orgulho defenderei a eleição de Teresa Caeiro pelo Círculo de Faro, integrando a lista da Coligação Portugal à Frente, como primeira representante do CDS”.

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