“Museus são essenciais para espalhar valores”, diz autarca portimonense
Portimão acolheu, entre 1 e 4 deste mês, a conferência anual e cerimónia de entrega dos Prémios EMYA 2024, a mais prestigiada distinção da museologia europeia. O evento contou com duas centenas e meia de participantes, de 29 nacionalidades, representando 75 museus, dos quais 50 nomeados, e 25 associações e empresas do setor.
No encerramento da conferência, o presidente em exercício da Câmara de Portimão, Álvaro Bila, destacou que “é uma enorme honra partilhar o momento-chave deste evento, que acarinhámos desde a primeira hora e que desejo se prolongue durante muitos e bons anos”.
“Em Portimão temos um bom exemplo da fuga ao cliché do museu como um mero repositório de objetos antigos aos quais se dão um valor monetário e económico, pois nos tempos que correm instituições como os museus são essenciais para espalhar valores como os direitos humanos, democracia ou inclusão, “ disse o autarca, manifestando o desejo de que os museus “continuem a representar um farol para a democracia e para questões identitárias”.
Por seu turno, na abertura dos trabalhos, José Gameiro, diretor científico do Museu de Portimão, referiu que “há 14 anos, quando recebemos o Prémio Museu do Conselho da Europa, estávamos longe de imaginar que este ano a nossa cidade seria o local escolhido para acolher o EMYA 2024”. E acrescentou: “Que lugar melhor do que os museus para celebrar a tolerância, o respeito pela humanidade, a democracia, a sustentabilidade e a diversidade?”.
Refira-se que o Sámi Museum Siida, da Finlândia, foi o vencedor do prémio Museu Europeu do Ano 2024. Fica localizado na cidade de Inari e está consagrado à cultura e tradições do povo lapão, distinguindo-se por “permitir a participação ética e práticas de conservação inclusivas.”