Opinião | Ao sul … A necessidade de avaliar processos
Carlos Gordinho | Professor, in Lagoa Informa nº182
Terminados os campeonatos, findadas as épocas desportivas, é hora de reiniciar processos.
É pertinente fazer-se a reflexão e avaliação do que foi feito e preparar o que se possa fazer. Processos que correram menos bem, contextos que possam ser melhorados, situações novas que irão surgir e para as quais teremos que nos preparar, requerem provavelmente reformulação de objetivos, redefinição de estratégias e melhorias nos planos de atuação e operacionalização.
Este é o momento fértil para desenvolver e promover a capacidade de saber ouvir, continuar a partilhar, incentivar à união e coesão, bem como unificação de esforços e capacidade de atrair novas dinâmicas.
Tudo o que se possa antecipar, preparar, comprometer neste período, faz com que o início do próximo processo, se torne mais calmo, organizado e nos liberte para outros cenários inerentes às dinâmicas de arranque.
Reflexões e avaliações de alinhamento de objetivos, de ordem organizativa, estrutural, logística, técnica, financeira, entre outros, para que se promova coesão, ajustes ou mudanças, cabem a cada estrutura ter a competência para que tal aconteça.
Importante é, nesta fase também, ter a capacidade de relembrar que momentos foram surgindo durante o processo e que nos levou ao produto. Seguramente todos foram positivos, porque temos essa capacidade de enquadrar o positivo na grande parte, senão na maioria das situações ocorridas, mas por norma justificamos essa positividade pelo contexto a que fomos proporcionados, quer seja ele positivo ou menos positivo.
Concordamos que existe maior percentagem do bom em função do menos bom, sabemos que o menos bom faz parte integrante do processo enquanto fator de desenvolvimento e jamais o vamos conseguir eliminar. Contudo, é preciso fazer desses momentos aprendizagem e nos contextos próximos ou semelhantes tentar fazer diferente. Caso se repitam, que se repita para o bem.
Importa referir que esta reflexão/avaliação, além de interna, poderá ou deverá ser também ela alargada a estruturas externas, para que, eventualmente, possa haver mais equidade e se possa ter diferentes visões do mesmo contexto, porque o alinhamento de objetivos terá que ser sempre um objetivo comum e global.
A complementaridade e compromisso global fortalece e engrandece qualquer estrutura em todos os seus vetores, sempre que sejam capazes e tenham a capacidade de abertura para que essa globalidade permita fortalecer.
Que reiniciem as próximas épocas e aguardemos para perceber quem foi o mais assertivo, mais eficaz, mais capaz e que melhor conseguiu potenciar os momentos vividos, a reflexão e avaliação anterior. É bom relembrar que estruturas organizadas, atraem mais exigência, mais qualidade e consequentemente mais resultados positivos.