Opinião: O ataque às famílias e à sociedade ocidental

Opinião: Pedro Manuel Pereira | Historiador


A população que habita o planeta encontra-se a ser reorientada por um movimento global que visa estabelecer uma nova ordem mundial, usando como uma das suas estratégias, a subversão sexual, cultural, religiosa e de dominação política.

O movimento está centrado no Ocidente e embora os cidadãos adultos façam parte da equação, os principais alvos são as crianças e os adolescentes.

Fazendo uso de uma política totalitária (marxismo cultural) este movimento vem-se apossando da educação para a propaganda e promoção dos seus fins, doutrinando ideologicamente as crianças e os jovens, trabalhando na mudança dos seus sistemas internos de valores morais e éticos, principalmente os religiosos, dado que este é o único freio, segundo os próprios doutrinadores, capaz de travar os seus avanços, os seus desígnios. Logo a estratégia dessa ideologia, é desconstruir tudo o que constitua um escolho, uma pedra no seu caminho.

Os doutrinadores da famigerada ideologia de género (o referido movimento) consideram como meta a alcançar, a ocupação de todos os espaços da sociedade, desde os órgãos de comunicação social, às discussões sociais, políticas (incluindo no Parlamento), culturais, e principalmente nas escolas, desde o ensino pré-primário até às universidades, aberração que se vem verificando também em Portugal.

Na educação, o intuito é desconstruir valores familiares, morais e religiosos, colocando a criança em conflito com a sua realidade, as suas tradições familiares, para provocar no núcleo familiar da casa do aluno, um permanente conflito de valores.

Num primeiro momento, os discursos visam acabar com o preconceito contra as “minorias sexuais” (LGBTT’s), o que permite a promoção “da igualdade entre os seres humanos”. Isto seria aceitável e natural, se não usassem como estratégia a relativização moral e religiosa, impondo ideologias políticas, tentando convencer com falácias apelativas e emocionais que o género binário (titulo que dão à heterossexualidade, que tem apenas dois géneros, masculino e feminino) só é considerado normal dentro de uma sociedade heteronormativa, porque segundo esses doutrinadores afirmam falaciosamente, “uma sociedade religiosa e proselitista normatizou este modelo e proíbe os outros géneros (não binários) de existirem”. Todo isto numa perfeita afronta relativamente à Ciência e à Natureza, onde os sexos de todos os animais são dois: masculino e feminino.

Mentiras propaladas centenas de vezes, acabam sendo aceites como “verdades”. E é dessa forma que se doutrinam alunos e a sociedade, com apelos, políticos, mediáticos e até falácias “jurídicas”, ameaçando, alienando e manipulando, de forma repetitiva, fazendo uma lavagem cerebral a todos os que possuem uma mente fraca, aqueles que os escutam sem um mínimo de senso crítico.

A grande questão que se coloca neste momento, é como vencer a inércia de profissionais, políticos, pais, líderes religiosos, para que verdadeiramente se debrucem, preocupem e ajam perante uma matéria de transcendente importância para a humanidade.

Se é um facto que a tal ideologia de género (não é a legitima igualdade de género consignada da Constituição da República Portuguesa de que somos defensores) carece de verdade científica, por outro lado existe uma falta de organização de molde a agir concertadamente contra esta doutrinação marxista cultural. Até quando seremos assediados pelo que uma minoria activista constituída pelos discípulos de Gramsci querem impor politicamente à sociedade?

A inércia que se verifica por banda dos cidadãos que estão atentos a esta ofensiva política, advém do medo de serem taxados e rotulados como homofóbicos ou transfóbicos, ou discriminados e marginalizados como se tivessem cometido um crime horrendo, caso tomem posições frontalmente contra esta agressão às crianças e jovens e à sociedade em geral.

Em alguns países, muitas pessoas têm perdido a sua paz, o seu emprego, e sido perseguidas judicial e socialmente, por apenas discordarem dos canalhas missionários (eles e elas) da ideologia de género. Poucos têm coragem e disposição para enfrentar essa seita, optando pelo silêncio e, é exatamente neste silêncio, nesta omissão que esses grupos crescem. A isso chama-se estratégia de doutrinação.

A sociedade tem vindo a ficar refém de uma ideologia que não se contenta em requerer o que entendem por “seus direitos”, mas sim em punir quem não a apoia, quem pensa de forma diferente, lamentavelmente, em muitos casos, com a conivência de governos.

A Europa vive o drama da sua pré fragmentação, do desmembramento da sua matriz cultural, possuindo tão só, cerca de 38% da população formada por cristãos. Alguns desses países aprovam até mesmo o suicídio assistido de crianças e a eutanásia.

Os sistemas de valores são construídos pelo indivíduo, dentro dele, a partir de um equilíbrio entre a educação familiar – o mundo social no qual se encontra inserido – e o que a criança aprende na escola, onde passa a maior parte de sua vida. A ideologia de género ao afrontar os pais causa um desequilíbrio que pode ser responsável por muitos conflitos de repercussões infindas.

Não é honesto que se utilizem ideologias políticas construídas por adultos, com crianças, usando-as como cobaias. “Esquecem-se” que as crianças têm o direito de serem crianças, de serem respeitadas e protegidas na sua integridade, nas suas crenças, nos seus sistemas de aprendizagem de valores no seio da família, que incluem as tradições familiares, princípios morais, éticos, religiosos, transmitidos pelos seus pais e educadores de geração em geração.

As raízes históricas da família devem ser preservadas. Não obstante, assistimos cada vez mais ao ataque desenfreado por banda da seita atrás referida contra a sociedade tradicional, como o fim de desmantelar as famílias tradicionais, tendo como última etapa a criação de uma sociedade aberrante e contranatura.

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