Opinião: O Domínio das Nações com armas silenciosas
Pedro Pereira | Historiador, in Portimão Jornal nº50
Contexto
É impossível falar de «engenharia social» de uma sociedade a uma escala nacional ou internacional sem abordar os objectivos de controlo social e de destruição da vida humana, ou antes, da escravatura e do genocídio.
Neste sentido, a análise dos problemas desta Era requer uma abordagem que não imbrique com valores religiosos, morais ou culturais.
O controlo dos cidadãos, a gestão das suas vidas, é efectuado, actualmente, através das chamadas «armas silenciosas», cuja «guerra tranquila» foi declarada pela elite internacional inscrita no Grupo Bilderberg após o seu primeiro encontro em 1954. Assim:
A formatação da Sociedade
1º As células familiares das classes inferiores devem ser desintegradas por meio de um processo de aumento de preocupações constantes dos chefes de família, que a prazo conduza a tensões graves nos seus núcleos.
2º A qualidade da educação dada às classes inferiores deve ser a mais pobre, para que a brecha da ignorância que separa estas camadas da sociedade, das camadas superiores (a elite dominante) permaneça distante e incompreensível da que é ministrada às classes superiores. Esta forma de discriminação social é necessária para manter um certo nível de ordem social, paz e tranquilidade para as classes de nível superior.
As Armas Silenciosas
Estas armas, ao contrário das usadas na guerra convencional distinguem-se pela sua natureza diferenciada. Assim, em vez de espingardas, são usados computadores para tratamento de dados que abarcam toda a vida dos cidadãos e da sociedade, sendo que, aparentemente, não produzem danos físicos nem interferem na vida social de cada um. Não obstante, o seu «ruído» reflecte-se, efectivamente, no bem-estar físico, social, económico e educacional dos indivíduos.
Os cidadãos sentem instintivamente que algo não vai bem com a gestão dos seus governos, porque o sentem nas dificuldades do seu dia-a-dia, no entanto, devido à forma como esta «guerra silenciosa» é efectuada, não conseguem, de forma racional, expressar a razão do seu mal sentir. Por tal facto, não sabem como gritar para pedir ajuda nem como associar-se com outros para se defenderem.
Quando uma «arma silenciosa» é utilizada gradualmente, as pessoas adaptam-se à sua presença e aprendem a tolerar as repercussões sobre as suas vidas, até que a pressão psicológica por via económica se torne insuportável, como sucede actualmente.
Por consequência, a «arma silenciosa» é um tipo de arma biológica. Ataca a vitalidade, as opções e a mobilidade dos indivíduos de uma dada sociedade, conhecendo, entendendo, manipulando e atacando as suas fontes de energia social e natural, bem assim como as suas forças e debilidades físicas, mentais e emocionais.
Aplicação das «Armas
Silenciosas» na Economia
Uma das formas mais usuais do seu uso nesta área é a aplicação do aumento dos preços dos bens essenciais e a aferição da reacção do público a essas medidas. O resultado do choque económico é interpretado teoricamente através de programas informáticos. A partir de então, os resultados dos aumentos de preços futuros podem ser previstos e até manipulados. Por exemplo, foi estabelecida uma relação quantitativa mensurável entre o preço da gasolina e a probabilidade de uma pessoa vir a sofrer de dor de cabeça.
Finalmente, cada elemento individual da estrutura social, encontra-se subordinado ao controlo de um computador através do conhecimento das suas preferências pessoais, do seu estado de saúde, das suas capacidades financeiras, das suas ocupações profissionais, aferido através do cartão de crédito, de multibanco e, no futuro, com um micro-chip implantado sob a pele ou com uma tatuagem permanente de um número invisível à luz normal.
Tecnologia do Automatismo Social
A experiência já mostrou que o método mais simples para tornar eficaz uma «arma silenciosa» é ganhar o controlo do público mantendo-o ignorante relativamente aos princípios básicos dos sistemas, levando-o à confusão, à desorganização, e distraindo-o dos temas de real importância para as suas vidas. Tais objectivos são basicamente obtidos da seguinte forma:
1º – Descomprometendo a sua mente e o seu espírito; sabotando as suas actividades mentais; oferecendo-lhe programas educativos de baixa qualidade em matemática, lógica, história, geografia e economia, de forma a desmotivar a sua criatividade.
2º – Comprometendo as suas emoções, aumentando o seu egocentrismo e o seu gosto pelas actividades emocionais e físicas. Assim:
. Multiplicando as suas confrontações e ataques emocionais (violação mental e emocional) por meio de um «bombardeamento» constante de violência, guerra e sexo nos meios de comunicação social, em particular na televisão e nos periódicos.
. Dando-lhe o que ele deseja em excesso. Privando-o daquilo que realmente necessita.
3º – Reescrevendo a história e a lei e submetendo o público a distrações, de forma a alienar os seus pensamentos relativamente às necessidades pessoais face a prioridades externas fabricadas.
A regra geral é que existe benefício e vantagem na grande confusão, para que o proveito seja maior. Desta forma, a melhor abordagem é criar os problemas para em seguida oferecer soluções.
Assim, quanto aos meios de comunicação, deve manter-se a atenção do público adulto distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativando-o com temas sem real importância.
Quanto ao ensino: Manter o público ignorante das verdadeiras matemáticas, da real economia, das verdadeiras leis, da verdadeira história.
Espectáculos: Manter o entretenimento do público abaixo do nível do sexto ano de escolaridade.
Trabalho: Manter o público ocupado, sem tempo para pensar, como um camponês de volta do amanho da sua terra.
Estas são as armas silenciosas fundamentais, com base nas quais os governos genocidas sociais dominam os cidadãos que neles votaram.
- Escrito sem a aplicação do Novo Acordo Ortográfico