Portimão associou-se à campanha de prevenção dos maus-tratos na infância
A campanha de sensibilização ‘Abril – Mês da Prevenção dos Maus-tratos na Infância’, dinamizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Portimão (CPCJ), que teve o azul como dominante, chegou ao fim no passado domingo, dia 30.
O encerramento da iniciativa teve lugar na Área Desportiva da Praia da Rocha, com a realização de um flash-mob, em que participaram três centenas de crianças e jovens das academias de dança de Portimão (Dance Expression, Estúdio Mix Dance da Associação Capela, Portimão Dance Studio, ECOS – Oficina de Dança Inclusiva e Academia de Ballet da Teia D’Impulsos), seguido da criação do Laço Azul Humano por todas as pessoas que se quiseram associar a este alerta, tendo o artista plástico Vítor Raposo, criador da “Arte que o Mar Apaga”, elaborado em pleno areal da Praia da Rocha um desenho de grandes dimensões, alusivo à temática da infância, sob o lema “Serei o que me deres … Que seja Amor!”
Enquanto o azul marcou em abril a iluminação do edifício dos Paços do Concelho e das instalações da CPCJ de Portimão, onde esteve exposto o Laço Azul que simboliza este flagelo social, foram promovidas ao longo do mês diversas iniciativas, com destaque para a sensibilização da comunidade educativa, através de atividades artísticas que envolveram os estabelecimentos de ensino das redes pública e privada do concelho, onde as crianças foram estimuladas a criar desenhos temáticos no âmbito da história do Laço Azul, ao mesmo tempo que foi distribuído, via digital, o livro “Cuida bem de Mim”.
Durante o mês, também foi promovido o Calendário dos Afetos, composto por uma atividade diária simples, que convidou à interação entre pais e filhos, visando o reforço dos laços familiares e do bom relacionamento intergeracional.
“Serei o que me deres … Que seja Amor!”
A nível desportivo, o Portimonense utilizou t-shirts e uma tarja Laço Azul nos jogos oficiais de futebol, futsal sénior e basquetebol realizados em Portimão no mês de abril, nos quais crianças e os jogadores do clube vestiram t-shirts temáticas oferecidas pela CPCJ, exibindo uma faixa com a inspiradora mensagem “Serei o que me deres … Que seja Amor!”.
Ainda neste âmbito, as cerca de 100 crianças que participaram num convívio de minibasquetebol promovido pelo Portimonense também fizeram um Laço Azul Humano, ao passo que a Rádio Alvor se associou à campanha e divulgou diariamente o alerta “Em Abril, direitos mil”, relacionado com os Direitos das Crianças.
A história do Laço Azul
A campanha Mês da Prevenção dos Maus-tratos na Infância é promovida todos os anos pela Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens, simbolizando o Laço Azul a memória daqueles que morreram como resultado do abuso infantil.
Esta efeméride, à qual a CPCJ de Portimão se associa desde há alguns anos, teve origem em 1989 na Virgínia, Estados Unidos da América, quando a avó Bonnie Finney prendeu uma fita azul à antena da sua viatura, na sequência dos maus-tratos sofridos pelos seus dois netos por parte dos progenitores.
A idosa recorreu a um laço azul para não esquecer os corpos das crianças, marcados com inúmeros hematomas, e a partir de então essa cor, que simboliza as lesões, passou a ser utilizada na luta pela proteção contra os maus-tratos infligidos aos mais pequenos.
A campanha expandiu-se gradualmente e, na atualidade, muitos países usam as fitas azuis durante o mês de abril, em memória daqueles que morreram em resultado do abuso infantil e como forma de apoiar as famílias, fortalecendo as comunidades nos esforços necessários para prevenir este grave problema social e a negligência que, por regra, o poderá causar.