Propostas diversas na programação de fevereiro do Cineteatro Louletano

Fevereiro é o mês mais pequeno, mas no Cineteatro Louletano a programação é grande, tendo começado com uma peça que vai às escolas, à secundária de Loulé. A peça ‘Bulldog’, pelo JAT – Janela Aberta Teatro traz quatro jovens, com personalidades distintas, que vivem histórias de amizade, amor e brutalidade num espaço que marca as vidas de todos: a escola.

À noite, no Cineteatro Louletano, a Ala dos Namorados comemorou 30 anos de carreira, com um novo álbum e dando início à tour da banda, liderada por Nuno Guerreiro e João Gil. “Brilhará”, o novo disco, incorpora músicas de João Gil e poemas de escritores e letristas eminentes da língua portuguesa como Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Fernando Pessoa, Maria do Rosário Pedreira, Zeca Baleiro e João Gil.

A música dá lugar ao teatro amador, numa peça da Casa da Cultura de Loulé apoiada pela Bolsa de Apoio ao Teatro de Loulé. Com um texto de António Clareza, “Reabriu a Pensão Luar do Cadoiço” é uma sequela da “Pensão do Luar do Cadoiço”, no sábado, 4 de fevereiro no CTL. Revisitando a irmã Angélica, que continua à espera que a venham buscar de um planeta distante.

No domingo, dia 5, às 18h30, destaque para a música clássica na Igreja Matriz de Loulé, com um concerto pelo pianista Sérgio Leite e o flautista João Lourenço, ambos professores no Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado. Chama-se “Souvenir du Théâtre d’ Opéra”, e o programa inclui Mozart, Donizetti, Toulou e Bizet, entre outros.

A 6 de fevereiro, termina o prazo para as inscrições junto da Companhia de Dança Olga Roriz, que está à procura de estudantes de dança ou teatro e de outras pessoas da comunidade. Os selecionados integrarão a peça “A hora em que não sabíamos nada uns dos outros”, uma coprodução do Cineteatro Louletano com estreia a 29 de abril. As inscrições deverão seguir para assistente.producao@olgaroriz.com, as audições decorrem a 12 de fevereiro, no Palácio Gama Lobo, em Loulé. 

A 7 de fevereiro, há “Visitas Encenadas” para as escolas, pela Figo Lampo. A ideia é percorrer as zonas habitualmente interditas do teatro, apresentadas por algumas personagens que nos trazem a história – e várias estórias – do Cineteatro Louletano. 

No dia 10, sexta, às 21h00, há teatro em que o público é, provavelmente, o ator principal. Uma peça que decorre no palco do Cineteatro Louletano em que o público é convidado a responder a uma série de questões de âmbito social, económico, ambiental, político e até filosófico, dando um rumo sempre diferente à narrativa, em função das respostas. Chama-se Fluxodrama, e é trazida pela companhia Amarelo Silvestre. De manhã há sessão para escolas.

A 11 e 12, fim de semana com tardes em cheio com mais uma Mostra de Cinema, desta vez a de Cinema da América Latina, no Auditório do Solar da Música Nova. A 13.ª edição, em Loulé, é uma extensão do evento que decorreu em Lisboa no cinema São Jorge, e traz ao Algarve ao longo de dois dias algumas das melhores obras contemporâneas do cinema latino-americano, com vários filmes multipremiados da Colômbia, México, República Dominicana e Uruguai.

No mesmo fim de semana, mas de manhã, no Cineteatro Louletano, o regresso dos concertos Promenade, pela Orquestra Clássica do Sul, concerto dedicado à juventude. Não tanto do público, que habitualmente comparece, mas à juventude de compositores que começaram a escrever cedo: Mendelssohn escreveu uma das obras-primas da sua vida aos dezasseis, Mozart e Schubert também já tinham escrito pautas importantes, de ópera a miniaturas de música de salão. É dia 12 às 11h30. 

A programação do Cineteatro Louletano aposta na comunidade educativa e na descentralização e por isso, em fevereiro, entre 13 e 17, a Companhia de Música Teatral desloca-se a vários jardins de infância de Loulé carregando consigo Papi Opus 7, um trabalho que junta o teatro e a música na pessoa de Rui Pessoa Pires, envolvendo diretamente os mais novos, com estórias que misturam um jardineiro, flores sonívoras, abelhas, borboletas, vento e chuva. 

A 14, mais uma sessão do ciclo de cinema francês, no Auditório do Solar da Música Nova, com “Les 2 Alfred”, comédia de Bruno Podalydès, de 2020. A estória de um desempregado com a conta bancária congelada, cuja esposa se encontra numa missão submarina nuclear secreta de dois meses. Ele tem que provar que é capaz de cuidar das crianças e encontrar um emprego, ou assumir o (seu) naufrágio.

Também a 14, mas no Cineteatro Louletano, o já clássico Jantar do Dia dos Namorados reúne a soprano Filipa Lopes e o pianista Pedro Vieira de Almeida, a que se junta uma ementa excecional para saborear com o seu/sua mais-que-tudo, Cultura e Gastronomia servidas em cima do palco.

No sábado, dia 18, às 17h00, mais um concerto do Ciclo Crescendo, um evento que junta alunos e professores, mostrando ao público o trabalho desenvolvido por todos no Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado. A entrada é gratuita, no Auditório do Solar da Música Nova.  

A 23, para as escolas do Secundário, o regresso de E(u)co(m)lógica, do bailarino e coreógrafo José Laginha, juntando a dança, a música e a anatomia do cérebro, numa peça em que se fala sobre ecologia, sobre as nossas ações, de como elas nos definem e fazem parte de nós. Com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. 

E entre 23 e 4 de março, “Daqui para a Frente” é uma chamada para trabalho com a comunidade, numa peça que procura novos (ou velhos) talentos, do encenador Mickaël de Oliveira, e que resulta num díptico de duas peças, “A Minha Morte” (coprodução) e “A Nossa Vida” (coprodução e estreia, a 11 de março). Ao longo de duas semanas, a formação inclui sessões de escrita criativa e exercícios de interpretação, culminando na integração dos participantes, em coro ou de forma individual, na peça “A Minha Morte”, a 10 de março. 

Quase a terminar, há ainda lugar para um enorme concerto sinfónico, pela Orquestra Filarmónica Portuguesa (OFP), a 26 de fevereiro, domingo, pelas 17h00. A OFP, liderada pelo maestro Osvaldo Ferreira, apresenta o Concerto para Violino de Beethoven, um dos mais famosos de todo o repertório erudito, com a solista eslovena Lana Trotovsek, vencedora de vários concursos internacionais. Como bónus, a violinista traz consigo uma raridade, um violino Pietro Antonio dalla Costa, datado de 1750. 

E por fim, regressamos a teatro (e música) para as escolas, a 27 de fevereiro, com “Segundo Prelúdio para uma Canção da Terra”, pela Companhia de Música Teatral. Trabalho precedido pela visita dos cinco intérpretes da peça a diferentes escolas do concelho. “A Canção da Terra” tem múltiplas leituras, deixando pistas para o trabalho em várias disciplinas e aprofundando o diálogo entre as artes e o ensino pedagógico, aproximando também os estudantes das artes de palco. 

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