PSD de Portimão satisfeito por ligação marítima ao Funchal, mas quer explicações
O Partido Social Democrata (PSD) de Portimão assinala com regozijo o expectável impacto positivo do retorno da ligação de marítima, entre Portimão e a Madeira, pelo dinamismo que incutirá na economia local, no turismo do município e da região algarvia, e ainda para o comércio e quotidiano do concelho.
Ainda assim, Carlos Gouveia Martins, presidente da estrutura política, recorda que “esta concessão é totalmente subsidiada pelo Governo Regional da Madeira, que merece o agradecimento de Portimão e das suas gentes, e que este Governo liderado por Miguel Albuquerque tem trabalhado no sentido de defender e assegurar a continuidade territorial, consagrada na Constituição, em que cabe ao Estado assegurar este tipo operações”.
O jovem líder afirma que “esta tentativa madeirense tem sido infrutífera na não-vontade do Governo de António Costa, nomeadamente na Ministra do Mar” Ana Paula Vitorino.
O PSD local acredita que seria benéfico esta ligação marítima ser efetuada durante todo o ano e, defende que, com o apoio do Governo, subsidiando também a operação, seria criada real fluidez na economia local, se não fosse apenas sazonal, em que os postos de trabalho gerados acabam por ser deficitários face à natural descontinuidade nos meses de interrupção.
“Segundo foi tornado público, a ministra Ana Paula Vitorino alterou o passando recente da sua intervenção e, talvez por estarmos em ano eleitoral, no Continente e na Região Autónoma da Madeira, aparenta validar esta operação marítima como um caminho para garantir o princípio da continuidade territorial. Porém, publicamente afirmado, passaria a rota do navio para Lisboa, em vez de Portimão”, refere Carlos Gouveia Martins.
A estrutura política local enumera algumas inconformidades que a economia “eleitoral” do Partido Socialista (PS) terá que responder aos portimonenses, aos algarvios e aos portugueses.
Carlos Gouveia Martins coloca então a questão, de que, “se o Estado denotou dificuldades em subsidiar uma linha de 21 horas de navegação marítima, sendo a transferência de Portimão para Lisboa um acréscimo de tempo, combustível e tarifário, como poderá o Governo justificar financeiramente a mudança”.
O líder social-democrata quer ainda saber se “o Governo quer, desta forma, assumir perante Portugal que não é favorável a um investimento para o Algarve, em Portimão neste caso específico, mas que para Lisboa está disponível mesmo que custe mais ao erário público”.
A mesma estrutura defende que há responsabilidades locais, por isso irá tentar saber se o que tem sido feito pelo executivo socialista local para defender os interesses locais e de que forma, onde e como, rejeitaram a inoperância da ministra Ana Paula Vitorino para com Portimão.
“Caso não tenha sido feito, apela o PSD de Portimão para que o executivo assuma publicamente a discordância com o Governo e que coloque a economia, o turismo e os portimonenses à frente da sigla partidária do Partido Socialista”, disse ainda Carlos Gouveia Martins.