Querença recebe festival literário internacional
Realiza-se nos dias 12, 13 e 14 de maio a segunda edição do FLIQ – Festival Literário Internacional de Querença, uma iniciativa da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, que vai contar com mais de 30 nomes nacionais e estrangeiros, entre autores e convidados a intervir nas várias conferências e atividades de cariz cultural.
Feira do livro, exposições, percursos literários, tertúlias, teatro e música são algumas das iniciativas previstas. O programa do FLIQ é único no contexto do Algarve e continua a prosseguir os objetivos que estiveram na sua génese: celebrar a dimensão comunicativa da literatura, promover sem restrições o gosto pela leitura e pela escrita, reforçar um ambiente literário estimulante na região, difundindo reflexões ‘glocais’.
No dia de arranque do evento, 12 de maio, o tema lançado é ‘O Olhar pela Serra’, estando previstas várias atividades como o Peddy FLIQ, o Jardim Literário (instalação preparada pelo Agrupamento Vertical de Escolas Padre Cabanita), a Feira do Livro e e axposição de Telma Veríssimo ‘Viagem Interior’, com introito do Grupo de Música Tradicional Moçoilas ou um momento musical pelo Conservatório de Música de Loulé.
Pelas 16h30, Cláudio Torres, diretor do Campo Arqueológico de Mértola, apresenta a conferência de abertura ‘Um Primeiro Olhar pela Serra’, seguindo-se a exibição do vídeo ‘Manuel Viegas Guerreiro – O Professor’ e a apresentação do livro ‘Manuel Viegas Guerreiro: Moçambique, 1957’, por Luísa Martins. Neste dia Luís Guerreiro, diretor da Fundação, apresenta também a obra de Fernando de Almeida ‘O Marquês que desafiou a morte’ e, após um jantar com um menu dedicado ao patrono da Fundação, a figura de Manuel Viegas Guerreiro vai estar em destaque numa tertúlia evocativa marcada para as 21h00.
No dia 13 de maio, o FLIQ fará uma homenagem a Teresa Rita Lopes, a escritora farense e investigadora da obra de Fernando Pessoa. Pelas 15h00, Luísa Monteiro e Paulo Moreira apresentam a leitura encenada ‘As (c)asas da Teresa’. Seguem-se intervenções de vários autores sobre a homenageada e a sua obra: Carlos Brito, Teresa Carvalho, Manuel Alegre, Manuel Moya, Catherine Dumas, Maria João Serrado e Clara Seabra, numa sessão moderada por Anabela Almeida, investigadora integrada da Universidade do Algarve.
‘Teresa Rita Lopes’ em palco, a inauguração de uma exposição documental e uma noite literária com Afonso Dias são as restantes propostas para este dia.
PONTES LITERÁRIAS
O encerramento da segunda edição do FLIQ é dedicado ao tema ‘Literatura e Sociedade: Pontes Literárias da Sociedade’, trazendo a palco o drama dos refugiados, deste e de outros tempos. A manhã arranca com um passeio pela Fonte da Benémola, de paisagem protegida a paisagem literária, com orientação de João Costa e Margarida Correia. Segue-se uma intervenção do grupo Ao Luar Teatro. António Branco, reitor da Universidade do Algarve, fará uma conferência de abertura e, pelas 15h00, Francisco Fanhais dará um concerto.
Cerca das 15h30, Paulo Dentinho, diretor de informação da RTP, modera a sessão ‘Zonas de (Des)conforto’, com António Covas, Agente António Rocha, Clara Abegão, Helena Barroco, Dulce Prates, José Ricardo Candeias Neto, Liliana Palhinha, Mohammed Tarek Saied, Mohammed Alanisi, Oleksii, Sílvia Quinteiro e Teresa Tito Morais.
Após um momento musical com o Grupo Coral de S. Brás de Alportel, Adriana Nogueira, docente e diretora da Biblioteca da Universidade do Algarve, vai moderar ‘O lugar comum da Literatura’, com a intervenção de Adão Contreiras, Adília César, Ana do Carmo, Cristina Carvalhal, Daud Al Anazy, Fernando Esteves Pinto, Fernando Pessanha, Filomena Marona Beja, Helena Franco, José Fanha, Miguel Real, Reinaldo Barros e Sérgio Luís de Carvalho.
O encerramento do Festival vai estar a cargo de José Gameiro, diretor científico do Museu de Portimão, que irá apresentar a temática ‘Museus sem fronteiras?’.
Toda a informação sobre o evento pode ser consultada em http://www.fundacao-mvg.pt/ ou no Facebook do Festival