Reciclagem cresce 13% em ano de pandemia
A recolha seletiva de embalagens em 2020, em Portugal, aumentou 13%, face a 2019, tendo sido encaminhadas para reciclagem mais de 409 mil toneladas de embalagens.
Dos resultados obtidos, destaque para a recolha de 132 mil toneladas de papel e cartão, que equivale a um aumento de 39,7% face ao ano anterior. As embalagens de plástico colocadas nos ecopontos aumentaram em 7,6% e as embalagens de vidro cresceram 1,3%. Com o contributo da Sociedade Ponto Verde (SPV) nestes resultados de reciclagem, foi possível evitar a emissão de 158 mil toneladas de CO2e. A SPV consolida assim o seu papel junto das empresas e cidadãos e numa altura em que a neutralidade carbónica é um dos eixos da transformação verde que está em curso em Portugal e na União Europeia.
Para a SPV os dados agora divulgados revelam que os comportamentos de reciclagem continuam a fazer parte do dia-a-dia dos portugueses, mesmo num ano em que os seus estilos de vida foram inevitavelmente alterados. Os números vêm também confirmar as conclusões apresentadas pelo Radar da Reciclagem da SPV que mostra que 9 em cada 10 portugueses fazem reciclagem de embalagens e que este é o comportamento que mais consideram contribuir para a proteção ambiental.
“Num ano caracterizado pelos fortes impactos da pandemia, os portugueses continuaram comprometidos com a causa da reciclagem e podemos por isso afirmar que a recolha seletiva não abrandou com o confinamento. Existem novos desafios a superar após mais um confinamento e um futuro incerto, porém, o compromisso com a reciclagem e com a cidadania ambiental deverá fazer sempre parte do dia-a-dia de cada um”, afirma Ana Isabel Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.
“Além do nosso papel na sensibilização para a separação das embalagens pelos cidadãos, a SPV continua também a ter um papel ativo juntos dos seus clientes, procurando impulsionar novas e melhores soluções de embalagens e de reciclagem, acelerando a inovação e o I&D, diminuindo assim o impacto ambiental e consolidando o caminho para a neutralidade carbónica”, acrescenta.