Sardinhas cheias de lata’ enchem Museu
A pandemia da covid-19 forçou uma interrupção nas atividades do serviço educativo do Museu de Portimão. Com o lento regresso à normalidade, aquele equipamento cultural abriu um novo ciclo de ações neste âmbito, que pretendem dar a conhecer aos mais jovens o património cultural, tanto imaterial, como material, do concelho, promovendo, ao mesmo tempo, o envolvimento direto na defesa e preservação das tradições ancestrais.
Composto por três técnicos, a missão do serviço educativo decorre dentro e fora das portas do Museu de Portimão, estando programadas visitas das crianças do pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 16h00.
São realizadas tarefas adaptadas às diferentes faixas etárias numa descoberta da história e património.
Ao longo deste ano letivo, inserido no programa da oficina educativa, o Museu realiza a já popular atividade ‘Da Sardinha à Lata’, com a qual as crianças ficam a saber como se faz uma lata de conserva.
Por sua vez, na ‘Primeira Impressão’, deixam a sua marca na fábrica, porque em tempos idos, antes de saírem da fábrica, as caixas das latas de conserva eram marcadas e carimbadas com o nome da cidade ou país a que se destinavam.
Através deste serviço, são ainda desenvolvidos projetos temáticos destinados a grupos e à comunidade educativa, como é exemplo ‘Um novo recife artificial’ ou ‘Os quadradinhos que pisamos todos os dias!’, que aborda o uso da pedra para pavimentar o chão.
Muitas outras ações despertam curiosidade, como ‘Os Sons da Natureza’, ‘À Descoberta da Pré-história’ e ‘Ideias e formas em movimento’. ‘Um Mergulho na História’ e ‘Iniciação à arqueologia’ complementam a oferta.
O Museu vai à escola
O arranque do serviço educativo é pautado também pela ida do Museu às escolas, onde, em ambiente de sala de aula, técnicos, professores e alunos dão asas a ‘Um fantoche na ponta dos dedos’, oficina de expressão plástica que procura despertar a criatividade, imaginação e capacidade de criar e contar histórias, ou ‘Uma meia um fantoche’, onde é despertada a curiosidade para explorar este mundo dos fantoches, com diferentes técnicas de construção.
‘O caixeiro-viajante e as memórias antigas’ também podem ser observadas e experimentadas, pois é da sua mala que saem lucernas, candeias, candeeiros, ardósias, máquinas, rolos, películas fotográficas, cassetes, discos e disquetes, moedas (escudos), cartas, postais e telefones e outros objetos com histórias para contar.
Este serviço educativo já é uma referência que proporciona aos pequenos participantes uma sensibilização para a arte, sua diversidade tipológica, cronológica e temática, património cultural e conservação. A oficina educativa abrange um universo de cerca de seis mil alunos, cujas atividades envolvem diversos níveis de ensino, a pensar na comunidade escolar e na educação para a cidadania.