Trabalhador morto em torre de comunicações da Força Aérea em Sagres sofreu “ferimentos profundos no crânio”
“Verificou-se o vazamento do crânio. Havia muito sangue”, contou a Algarve Vivo o comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo, José Pedro. O corpo encontrava-se a cerca de 20 metros de altura na estrutura das antenas da Força Aérea Portuguesa, que acabou por se dobrar, provocando o acidente. Foi resgatado pouco antes das 14h00 com o apoio de uma auto-escada dos Bombeiros Voluntários de Lagos. FAP procede a investigações.
José Manuel Oliveira
Sofreu “ferimentos profundos na parte frontal do crânio e num braço”, como afirmou a Algarve Vivo o comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo, José Pedro, o homem de 32 anos e nacionalidade portuguesa, que morreu, nesta sexta-feira, dia 19 de junho, na sequência de um acidente ocorrido pouco antes das 10h20, quando procedia a trabalhos de manutenção em antenas de telecomunicações da Força Aérea Portuguesa, junto à estrada de acesso ao Cabo de São Vicente, em Sagres, naquele concelho.
“Verificou-se o vazamento do crânio. Havia muito sangue”, acrescentou aquele responsável dos bombeiros. Segundo explicou o comandante José Pedro, a estrutura das antenas militares, localizada junto ao campo de futebol do Clube Recreativo Infante de Sagres e a poucos metros de distância das arribas, “acabou por se dobrar” quando o trabalhador de uma empresa procedia a manutenção, com o apoio de cinco colegas que se encontravam no solo. A vítima ficou pendurada a cerca de quinze, vinte metros de altura.
A operação para resgatar o corpo terminou pouco antes das 14.00 horas, tendo obrigado os bombeiros de Vila do Bispo a recorrer a uma auto-escada da corporação de Lagos. O cadáver “estava numa posição complicada, a cerca de dois terços da altura total da estrutura das telecomunicações quando a parte superior se dobrou, provocando o acidente”, referiu o comandante José Pedro. O corpo foi transportado para o Gabinete Legal da Unidade de Portimão do Centro Hospitalar do Algarve, onde será autopsiado.
No local do acidente, além dos bombeiros de Vila do Bispo e de Lagos, com um total de 12 elementos, estiveram três ambulâncias, uma viatura de desencarceramento, um veículo auto-escada, um carro de comando, agentes da Polícia Marítima e da Guarda Nacional Republicana e responsáveis da Força Aérea Portuguesa, instituição que procede a investigações sobre o sucedido. Ao que foi possível apurar, a estrutura das antenas terá cerca de dois anos de existência.