Enfermeiros algarvios pedem mais equipas domiciliárias de cuidados paliativos

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A Direção Regional de Faro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses identifica-se com a posição hoje vinda a público da Associação de Enfermagem em Cuidados Continuados e Paliativos, que “defende que as equipas de cuidados continuados ao domicílio devem triplicar”, uma vez que o número de enfermeiros das equipas de cuidados de continuados integrados a laborar na região “é manifestamente insuficiente para dar resposta às necessidades da população, levando mesmo a que estejam a ser cancelados diariamente alguns domicílios”.

No que toca especificamente às equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos, a intenção da ARS Algarve de criar uma no ACES Central e outra no ACES Barlavento, à semelhança da que já existe no ACES Sotavento (Tavira) “não passou do papel”, lamenta aquela estrutura sindical.

De acordo com um estudo da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, “seriam necessárias no mínimo quatro equipas e 12 enfermeiros para o Algarve (Tavira, Faro, Loulé e Portimão)”, existindo “apenas um enfermeiro em dedicação exclusiva em Tavira”, segundo os enfermeiros algarvios, para quem a equipa tavirense “só tem capacidade para acompanhar 10 a 12 doentes no domicílio no total dos concelhos de Tavira, Castro Marim, Alcoutim e Vila Real de Stº António e só consegue aceitar alguns doentes do foro oncológico, ficando de fora todas as outras situações que necessitariam igualmente de cuidados paliativos, como por exemplo doentes com alzheimer, parkinson, HIV, status pós AVC, etc.”

Relativamente ao ACES Barlavento, a unidade anunciada em fevereiro “ainda não avançou, apesar de ter sido assinado protocolo de parceria entre a ARS Algarve e a Câmara Municipal de Lagoa em janeiro e em que a edilidade já cumpriu a sua parte na realização de obras e disponibilização de viatura”, dizem os sindicalistas, que consideram que a razão de os utentes não estarem ainda a ser alvo de cuidados “prende-se com a falta de duas enfermeiras que substituam quem irá garantir a dedicação exclusiva a esta equipa, para além de que os médicos e psicólogo disponíveis são insuficientes para garantir o total funcionamento da unidade.”

Este cenário resultará “dos cortes cegos na saúde e da inoperância” dos responsáveis do setor”, acusa a Direção Regional de Faro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

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