Ferragudo vive o mar nos 500 anos

As comemorações oficiais do 500º aniversário de Ferragudo começam este sábado, 11 de janeiro, e prolongam-se durante o ano com diversas iniciativas. O ponto alto será a 21 de agosto, data que marca a fundação da povoação de Ferragudo, instituída pela carta de privilégios da Rainha D. Leonor.

Assim, no dia 11 de janeiro, às 15h00, decorre a Cerimónia Oficial das Comemorações, na Igreja da Nossa Senhora da Conceição, a Matriz de Ferragudo. Segue-se um desfile dos Grupos de Cantares das Janeiras pelas ruas da vila, a partir das 16h00. Às 17h00, atuam os mesmos grupos no Largo Rainha Dª Leonor, seguida de um convívio no mesmo local.

O mote da programação criada pela Câmara Municipal de Lagoa e pela Junta de Freguesia de Ferragudo será ‘Ferragudo: 500 anos a Viver o Mar’. Serão eventos de diversas áreas, das artes ao exercício físico, passando pela gastronomia, artesanato e festas populares. Percursos pelo património histórico, natural e gastronómico, a celebração municipal do Dia da Liberdade, o Dia do Pescador, a recriação da Feira de Ferragudo ou, por ocasião do 21º aniversário da Elevação de Ferragudo a Vila, um colóquio que discutirá o passado e o futuro da localidade são apenas algumas das propostas. Ferragudo, com a comemoração dos cinco séculos da sua fundação, assumirá também destaque na 41ª edição da Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa (FATACIL), em agosto.

Da história constam factos que mostram que a localidade é anterior a 21 de agosto de 1520, com uma forte ligação ao mar, à circulação de bens e pessoas, junto ao Arade, com propensão piscatória e zona de controlo da circulação fluvial.

Desde a sua formação, Ferragudo levou 242 anos até obter autonomia administrativa e daí até à categoria de vila, 237 anos. Fez parte da freguesia de Estômbar até 1749, quando foi desanexada por iniciativa do Arcebispo Bispo do Algarve D. Inácio de Santa Teresa, num processo conturbado que se arrastou até 1762. Com a atribuição do alvará régio de 16 de janeiro de 1773, passa a integrar, tal como Estômbar e Mexilhoeira da Carregação, o recém-criado concelho de Lagoa.

As duas autarquias entendem que promover esta celebração é uma ‘obrigação’ pelo legado deste passado, devendo envolver ainda coletividades, comerciantes, residentes e restante população. Acreditam ainda que com a efeméride é possível promover o conhecimento e a valorização da identidade local.

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