Conan Osíris: “Importância deste desafio é aquela que as pessoas lhe quiserem dar”
TEXTO E FOTO: ANA SOFIA VARELA
Conan Osíris ficou conhecido por ter arrebatado o público e o júri na final do Festival da Canção, que decorreu em março, no Portimão Arena. No palco onde viria, horas depois a sagrar-se vencedor e representante português do Festival da Eurovisão, que começa amanhã em Israel, conversou com a Algarve Vivo.
Como descobriu a vocação para a música?
Simplesmente fui fazendo. Fui crescendo sozinho, até chegar a um ponto em que as pessoas me validaram como alguém que faz música a sério. Só acreditei que estava a fazer algo com jeito, quando as pessoas me começaram a dizer.
Como chegou ao Festival da Canção?
Convidaram-me para compor uma música, não sabendo se eu a iria interpretar também. Até à altura do convite nunca tinha escrito para ninguém senão para mim e como achei difícil encontrar uma pessoa para cantar a minha música, resolvi cantá-la eu e seguir em frente.
Onde vai buscar inspiração para as letras?
A tudo. A mim, aos jogos, aos filmes, até aos desenhos animados, que me inspiram visualmente…
Comparam-no ao António Variações. É um ídolo seu?
Não. Honestamente não o ouvia quando era criança. Agradeço muito a comparação e percebo o que as pessoas estão a querer dizer, mas não é uma influência direta para mim. Tenho muitas outras. Na minha página de Instagram tenho um capítulo só de influências musicais, onde as pessoas podem ver tudo aquilo que me diz alguma coisa.
Que importância tem para si estar no Festival da Canção e na Eurovisão?
Eu acho que este desafio tem a importância que as pessoas lhe quiserem dar. Afinal, sou só um veículo de transmissão de uma informação. Não incuto essa importância nas pessoas.
Acredita que a sua música pode ganhar projeção por ser diferente?
As ‘reviews’ e as reações lá fora são um bocadinho mais entusiastas do que as de cá. Se quiseres ir por aí e olhar para o exterior, consegues verificar que me é favorável.
Quais são os planos para o futuro?
Construo sempre o futuro com ‘restinhos’ do presente. Não gosto de dar o passo maior do que a perna, por isso vamos ver o que vai suceder para continuarmos a construir para a frente.
Mas tem intenções de continuar nesta área da música?
Sim. Claro, que sim.