‘Marafada Quarentena’ vai ser filme

Texto e foto: Jorge Eusébio, in Portimão Jornal nº49


A comédia que o Boa Esperança lançou em 2020, a ‘Marafada Quarentena’, está em vias de ser convertida em filme.

A peça nasceu de um convite da presidente da Câmara, Isilda Gomes, que queria uma produção local para se manter durante o Verão no grande auditório do Teatro Municipal de Portimão (TEMPO).

Carlos Pacheco revela que a ideia da autarca era que o grupo apresentasse uma revista, mas, depois de fazer contas à vida, e por saber que, devido à pandemia, apenas metade dos lugares poderiam ser ocupados, “acabei por lhe propor a produção de uma comédia, que tem menos custos”.

Mas havia uma condição associada, “que ela fizesse uma pequena participação em vídeo”, o que mereceu resposta positiva, depois de “se fartar de rir com a proposta”.

A comédia “acabou por suplantar as nossas expectativas, a vários níveis”. Por um lado permitiu que “nos mantivéssemos em atividade numa altura em que quase todo o país teve de parar, pelo menos durante alguns meses e tivemos, todos os dias, o número máximo de espetadores que o espaço podia levar”.

Outro aspeto positivo desta aventura foi o “termos levado a que muita gente ‘descobrisse’ o TEMPO, pois nunca lá tinham entrado”.

Após a realização de uma pequena digressão, alguém referiu que o argumento da peça era ideal para um filme, até como forma de documentar, de uma forma bem- disposta, um dos períodos mais complicados pelo qual o mundo passou.

Carlos Pacheco começou, então, a contactar profissionais ligados a essa área, para saber de que forma a sugestão teria ‘pernas para andar’. Depois de obter algumas informações básicas, foi bater à porta de várias produtoras e conseguiu que uma se chegasse à frente.

O que está previsto é que “o filme seja gravado nos concelhos de Portimão e Lagoa e que os atores do Boa Esperança tenham papéis centrais, embora também sejam incluídos no elenco atores bem conhecidos do grande público, que vão atrair mais gente às bilheteiras”.

O processo tem-se revelado bastante trabalhoso, com um elevado número de reuniões e contactos, “nunca pensei que para fazer um filme fosse necessária tanta gente e meios”, confessa Carlos Pacheco.

Nesta altura, o guião já está adaptado para a linguagem cinematográfica, está definido o elenco, os locais onde vão gravar, vai ser apresentada candidatura de financiamento ao Instituto do Cinema e do Audiovisual e o ator portimonense considera que tudo está bem encaminhado para que a peça seja transformada em filme.

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