Jamila Madeira (PS): “Saúde, habitação e seca são as nossas prioridades”

Quais são os temas ou medidas relativamente ao Algarve que vai procurar levar a discussão no parlamento?
As nossas prioridades são as maiores preocupações dos algarvios e estas são a saúde, a habitação e a seca. São três elementos-chave do nosso programa eleitoral que temos sempre na agenda.

Que soluções vai o seu partido apresentar relativamente à saúde?
A saúde foi e continua a ser a nossa primeira prioridade. Cumprir o compromisso do novo Hospital Central do Algarve, agora que já tem o perfil assistencial aprovado, está ao nosso alcance. Este propósito não pode parar. Este mês de junho será critico e a administração do CHUA já tem o mandato para trabalhar e lançar o concurso. Temos que avançar. O Algarve não pode esperar e se não tivéssemos sofrido estas eleições intempestivas, estaria o PS agora a assegurar isso mesmo. Deixámos o processo do novo Hospital Central do Algarve pronto na pasta de transição e temos de garantir que não para, como aconteceu em 2011 quando a AD chegou ao Governo. Queremos garantir também que a política de investimento no hospital que aconteceu nesta passada legislatura, cerca de 28 milhões de euros de investimento em equipamentos tecnológicos, equipamentos clínicos diferenciados em respostas avançadas de suporte à investigação e resposta assistencial na região, não para. Nestes últimos anos instalámos um novo Hospital das Terras do Infante em Lagos, captámos, equipámos e abrimos novas especialidades médicas para a região antes inexistentes. Promovemos a captação de 60 ensaios clínicos em articulação com as Universidades. Foi ainda assegurado o cumprimento integral do SIADAP para progressão das carreiras e atualização remuneratória de todos os profissionais. Para nós, o SNS não pode parar.

Acha que a Unidade Local de Saúde (ULS) vai conseguir aplicar medidas a este nível?
Este será certamente um grande desafio, por isso, como todos os desafios e reformas espero que corra pelo melhor. Representa a integração desde o cuidado mais básico ao cuidado hospitalar mais sofisticado. É um grande desafio.

Sente que no Parlamento há consciência dos vários problemas que o Algarve atravessa?
Sensibilizar para a realidade do Algarve e para a solidariedade para com a região faz parte sempre da nossa tarefa diária. Uma tarefa sempre inacabada numa região complexa como a nossa.

Na sua perspetiva, que soluções relativamente à escassez da água podem ou devem avançar de imediato?
Não temos dúvidas que a água é uma questão critica para a nossa região e desde cedo que o sinalizámos. Por isso, construímos um Plano de Eficiência Hídrica e o Governo do PS negociou e garantiu 237 milhões de euros. Este dinheiro servirá para construir a Central Dessalinizadora, que garante 1/3 de toda a água necessária para o consumo humano, cuja obra já está em concurso público internacional. Servirá ainda para captar água no Pomarão, cuja avaliação de impacto ambiental está em fase de conclusão e viabilizar a sua expansão até ao Alqueva e no barlavento viabilizar a ligação Alqueva–Santa Clara–Bravura. Irá ainda permitir reduzir as perdas de água no circuito urbano e agrícola, reutilizar as águas residuais e realizar o estudo de viabilidade da Barragem da Foupana, já previsto no Orçamento do Estado de 2024.

Que ações vai desenvolver para que os algarvios sintam que, de facto, há preocupação dos ‘seus’ deputados na Assembleia da República em resolver os problemas mais prementes da região?
Garantir a confiança dos algarvios no PS é o meu objetivo. Acredito que falta fazer muita coisa. Não desisto da minha terra, pois sou de cá, é aqui que está a minha vida e onde quero continuar a estar. Temos muita ambição e isso faz com que lute sempre por mais e melhor e naturalmente fez-me aceitar o convite para encabeçar a lista do PS pelo Algarve. Considero que demos muitos passos concretos nestes últimos anos na mudança da nossa região para melhor, mesmo tendo em conta que esta legislatura foi abruptamente interrompida.

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