Albufeira avança com Plano Municipal de Habitação

Os números relacionados com a imobiliária em Albufeira mostram que este continua a ser um concelho apetecível para investir e foi um dos que, no Algarve, mais recuperou terreno após a crise.

Os dados do Sistema de Informação Residencial mostram que, em Albufeira, o preço de venda de imóveis atinge os cerca de 1800 euros por metro quadrado, sendo apenas ultrapassado pelo concelho de Loulé.

Sendo um território atrativo e turístico há exigências que se impõem, quer a nível dos recursos humanos, quer de alojamentos para quem se desloca ao município para trabalhar. Há, porém, um problema que tem colocado entraves, sendo necessárias ações.

José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira, afirma que há “dificuldade em arranjar trabalhadores para a construção civil, médicos, pessoal para a hotelaria e comércio, devido à falta de alojamento”. Profissões que são necessárias para garantir a manutenção da qualidade do destino turístico na região.

Por esta razão, a autarquia está a implementar um conjunto alargado de medidas, que passam pela aquisição de casas prontas a habitar, construção de novos fogos de habitação a custos controlados, programas de arrendamento para jovens e de renda condicionada.

O autarca sublinha que há o “Plano Municipal de Habitação, que se encontra quase concluído” e que implica o “investimento de cerca de um milhão de euros para a aquisição de terrenos destinados à construção de habitação para residentes e trabalhadores no concelho, a existência das Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) em Albufeira e Paderne”, que permitem a requalificação de imóveis antigos e a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), que deverá ficar concluída até 2021.

É preciso também estar em consonância com o setor imobiliário, sendo o investimento nesta área fundamental para desenvolver territórios, na opinião do presidente da Câmara Municipal de Albufeira.

E exemplifica com dados concretos. Durante a crise económica, que afetou áreas como a construção e venda de imóveis, a quebra afetou as receitas do Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT).

Em 2011/2012 a autarquia de Albufeira apenas conseguiu 6 milhões de euros de receita desse imposto, valor que, após a crise, em 2015/2016 rondou os 18 milhões e em 2019 chegou a atingir os 22 milhões de euros.

Há também um crescente interesse de investidores estrangeiros, com destaque para os mercados francês, escandinavo e russo.
José Araújo, do Millennium BCP, afirmou durante os ‘Pequenos Almoços do Imobiliário’, promovido pela Vida Imobiliária, Jornal Público Imobiliário, com a colaboração da Câmara Municipal, que desde 2014 o banco colocou no mercado mais de 2000 imóveis no valor de 300 milhões de euros, dos quais 365 no concelho de Albufeira, no valor de 38 milhões de euros, o que demonstra a existência de um mercado extremamente dinâmico.

Esta instituição bancária financia na atualidade 17 projetos imobiliários na região, no montante de 109 milhões de euros, sendo que três são em Albufeira. Daí a importância de investir na atração de recursos humanos e trabalhadores, como concluiu José Carlos Rolo.

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