Albufeira muda datas e horários de eventos devido às restrições impostas pela pandemia

Na sequência de ter entrado para a lista dos novos concelhos com risco elevado de contaminação por Covid19, o Município de Albufeira viu-se obrigado a alterar horários e dias de espetáculos a decorrer no Auditório Municipal, com vista a responder de forma eficaz às medidas mais restritivas atualmente em vigor, nomeadamente no que respeita ao recolher obrigatório. O espetáculo da ACTA, na próxima sexta-feira, irá acontecer meia hora antes do previsto inicialmente, enquanto o Workshop ‘Cante Alentejano’ e o concerto de Celina da Piedade foram antecipados para dia 26 de novembro, às 18h00 e 21h00, respetivamente.

 ‘Ardente – Memorial para Pedro e Inês’, o espetáculo da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, agendado para o próximo dia 20 (sexta-feira), foi antecipado meia hora, estando agora marcado para as 21h00.

Espetáculo fortemente vinculado ao predomínio da imagem, cruzando-a com música e canto. Será um espetáculo que não seguirá um roteiro histórico do tempo e da tragédia em questão, antes se inclinará para uma abordagem de pendor mítico, por um lado, e, por outro lado, para uma reflexão sobre o Amor e a Morte.
Há 650 anos que os restos mortais de Inês foram transladados para Alcobaça. Aí se encontra ela, Inês (e ele, Pedro), encerrada em seu túmulo no qual Pedro mandou gravar a mensagem ‘Até ao fim do Mundo’.
É este aspeto que importa ao encenador Madzik – que o salientará no contexto de algumas particularidades amorosas do par de amantes, do carácter transgressor da sua relação, e da decisão de Pedro em desenterrar Inês para a coroar Rainha. Mas estes são aspetos de circunstância. Mądzik sabe que a alusão ao tema de Pedro e Inês é usada para significar um amor incondicional, para além da morte. Por isso o espetáculo começa, já Pedro e Inês estão nos túmulos. Mądzik pratica um teatro sem palavras. A razão é a sua profunda convicção de que existem esferas da realidade humana que não sucumbem à palavra falada. No seu teatro “cósmico”, ele dá vida e reabilita arquétipos enterrados, dando aos espectadores uma oportunidade renovada para uma perceção pré-racional do mundo. O frágil universo onírico dos seus espetáculos é criado com as sombras e os movimentos de forma elaborada, subjugada ao ritmo marcado pela música. O espectador fica “sozinho na multidão”, porque é separado, pela escuridão, dos outros espectadores, bem como do palco. Com a sua imaginação, vagueia através de outras dimensões da realidade apreendida pelo poder do Bem e do Mal. 

Os bilhetes custam €5,00 e estão à venda na Galeria Municipal de Albufeira, nos dias úteis das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h00, ou no Auditório Municipal, no próprio dia do espetáculo das 19h30 às 20h45.

Também o projeto ‘Central Artes – Programação Cultural em Rede’, uma iniciativa conjunta de cinco municípios do Algarve Central (Loulé, Albufeira, Faro, Olhão e Tavira), no seguimento da candidatura realizada ao CRESC Algarve 2020 (Programa Operacional Regional do Algarve), teve que se adaptar às atuais circunstâncias.

As duas sessões do Workshop ‘Pinto-me dançando’, anunciadas para o dia 25 de novembro foram canceladas, sendo que o resto da programação, um Workshop de Cante Alentejano e um concerto, ambos sob a responsabilidade de Celina da Piedade, um dos maiores ícones da ‘World music’ nacional no feminino, foram antecipados para dia 26 de novembro (quinta-feira).

O Workshop de Cante Alentejano, para maiores de 17 anos e capacidade máxima para 10 pessoas, realiza-se na Galeria Municipal João Bailote, entre as 18h00 e as 19h30.

No mesmo dia, pelas 21h00, Celina leva ao Auditório Municipal de Albufeira um concerto, em formato trio: Celina da Piedade (voz e acordeão), Sofia Neide (contrabaixo e voz) e Filipa Ribeiro (percussões e voz). O Cante Alentejano é uma prática vocal polifónica do sul de Portugal, reconhecida como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2014. Sempre serviu de veículo de expressão a uma forte consciência social. Ao mesmo tempo trata-se de uma prática que, pelo seu carácter coletivo e voluntário, ajuda a manter acesa, dentro das comunidades em que está inserido, a noção de que a coesão (de todas as vozes) é essencial à manutenção do tecido social.

Refira-se que Celina da Piedade tem dedicado muito do seu trabalho à investigação e divulgação do património musical alentejano. Nesta oficina, Celina irá dar a conhecer algumas das muitas “modas” que constituem o cancioneiro alentejano, mostrar as principais características musicais e poéticas desta prática vocal e acima de tudo fazer com que todos experimentem com as suas vozes, unidas, a força do Cante.

Quem já viu Celina Piedade em concerto reconhece-lhe o imenso carisma. “Celina da Piedade tem levado o seu acordeão e a sua voz até aos mais diferentes contextos, algures entre as formas e cores tradicionais, em viagens pelas memórias da música de raiz portuguesa e um sentir mais moderno e universalista. Desenha uma música cheia de alma e personalidade, que, em palco, ganha com a sua formidável presença”, motivos mais que suficientes para não perder este espetáculo que promete ser memorável.

Para participar, os interessados devem enviar inscrição para: leonor.guerreiro@cm-albufeira.pt (mais informações: 289 246 948| 289 599 645. A participação no concerto é gratuita, mas sujeita à lotação da sala. As entradas devem ser adquiridas no Auditório Municipal no próprio dia do espetáculo, das 20h00 às 20h45. Para mais informações, ligar para os telefones: 289 246 948| 289 599 645.

You may also like...

Deixe um comentário