Associação Geoparque Algarvensis criada para candidatura à UNESCO
A Associação Geoparque Algarvensis foi criada esta segunda-feira, 11 de dezembro, em Albufeira. A nova associação é composta pelos Municípios de Loulé, Silves e Albufeira, e pela Universidade do Algarve.
Este é um passo importante na candidatura do Território Algarvensis a Geoparque Mundial da UNESCO. O Geoparque Algarvensis é um território com um rico património geológico, que inclui formações rochosas com milhões de anos, fósseis de dinossauros e outros animais pré-históricos, e paisagens naturais únicas.
A Associação Geoparque Algarvensis terá a responsabilidade de submeter a candidatura do Território Algarvensis a Geoparque Mundial da UNESCO durante o próximo ano. A candidatura será avaliada pela UNESCO com base em critérios que incluem a importância do património geológico, a estratégia de geoconservação, a educação e sensibilização ambiental, e o desenvolvimento socioeconómico sustentável do território.
Os autarcas dos três municípios que integram a Associação Geoparque Algarvensis mostraram-se confiantes na aprovação da candidatura. O presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, afirmou que “dadas as características, a vontade política e a densidade do trabalho já realizado que irá constituir o conteúdo da candidatura a apresentar em Paris, na sede da UNESCO, não tenho dúvidas que será coroada de sucesso”.
A presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma, sublinhou que “este é um projeto que não passa só pela área científica, mas só é possível “com o envolvimento das pessoas”. “Temos contado com o excelente trabalho da Universidade do Algarve em todas as vertentes (Paleontologia, Geologia, Botânica…). Mas o projeto só se consegue se for mais identitário do local onde faz parte, e se as pessoas começarem por divulgar aquilo que é o seu território, desenvolvendo em si o sentimento de pertença”, afirmou a autarca.
O presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, realçou as mais-valias deste aspirante a Geoparque: “Irá diversificar a oferta turística, com uma aposta num turismo científico, como forma de quebrar um pouco a sazonalidade, já que não se trata de ‘sol e praia’ e, como tal, pode complementar um pouco aquilo que é a nossa atividade principal. Para além disso, irá desenvolver tudo aquilo que está envolvido nas nossas comunidades, como seja o artesanato, a gastronomia e atividades de outra índole que possam estar inseridas neste grandioso projeto”.
O reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas, manifestou a alegria em fazer parte da constituição desta associação. “Os nossos professores e os nossos investigadores estão fortemente comprometidos com este projeto, um projeto transformador do território, claramente alinhado com os desafios da sustentabilidade, e é também para isso que estamos cá. A Universidade do Algarve foi criada e existe para cooperar com as entidades regionais e locais, no sentido de construirmos um melhor Algarve e um melhor futuro para as nossas gentes”, frisou este académico.
A candidatura do Território Algarvensis a Geoparque Mundial da UNESCO é uma oportunidade para promover o património geológico do Algarve, sensibilizar a população para a importância da conservação do ambiente e desenvolver o turismo de forma sustentável.