CHUA: Centro Oncológico é um dos projetos que pode avançar em breve

Há uma série de projetos e medidas em ‘cima da mesa’ para combater um dos problemas com que o Algarve se tem deparado a nível da saúde. A falta de profissionais que queiram trabalhar na região e investir numa carreira nas unidades hospitalares tem prejudicado o normal funcionamento de alguns serviços de saúde.

Ana Varges Gomes, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), avançou que um dos projetos se refere à criação de um Centro Oncológico do Sul que evite que os doentes tenham de se deslocar a Lisboa, ao Instituto Português de Oncologia, para realizar tratamentos diversos.

“Continuamos a perseguir a questão do Hospital Central do Algarve e já validámos o programa funcional para permitir que esteja atualizado e corresponda às expetativas quando for construído. Neste sentido, concorremos também a um financiamento para a criação do Centro Oncológico do Sul, que seria diferenciador e que ficaria junto ao Hospital Central para poder existir uma ligação entre ambos os espaços”, adiantou.

Esta proximidade daria a possibilidade de, não só tratar os doentes, mas também alojar as pessoas que tenham de realizar tratamentos no Centro Oncológico. Por sua vez, a localização junto ao Hospital e à Universidade do Algarve, permitirá que sejam criadas áreas de investigação para o desenvolvimento de novas tecnologias e terapêuticas, valorizando a estreita relação entre profissionais de saúde e investigadores, esclareceu a responsável do CHUA.

Entre outras medidas anunciadas por Ana Varges Gomes, encontra-se a candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência com vista à criação de uma creche para os filhos dos profissionais de saúde da unidade de Portimão do CHUA, à semelhança da infraestrutura já existente na unidade de Faro.

Por um lado, “temos vindo a firmar algumas parcerias com os municípios para ter ‘casas de função’, que acolham os profissionais de saúde e suas famílias, que escolham trabalhar no Algarve. A habitação é um problema grande que afasta os profissionais e, desta forma, nos primeiros meses, até que consigam encontrar uma solução, podem ficar nesses imóveis”, descreve ainda.

Por outro lado, “estamos a apostar na modernização dos nossos equipamentos, pois sabemos que os profissionais são atraídos também pela tecnologia. Todos querem trabalhar num hospital que tenha condições e bons equipamentos, por isso, neste momento, temos projetos que concorreram a financiamento europeu através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, sendo que alguns estão já em fase de execução”, reforçou. Neste âmbito é exemplo o novo angiógrafo que dará a possibilidade de autonomia na região. “Os doentes, sobretudo em situações de Acidente Vascular Cerebral, deixam de ter de se deslocar a Lisboa e poderão ser tratados no Algarve”, afirma.

Um dos passos importantes, já dados este ano, foi também a passagem da unidade de Lagos para um novo espaço onde antes existia uma estrutura de saúde privada, com condições mais atuais em relação ao local onde esta unidade funcionava.

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