COVID-19: Testagem massiva para controlar o foco em Lagos

O foco de contágio por COVID-19 identificado em Lagos, com origem atribuída a uma festa ilegal que ocorreu a 7 de junho em Odiáxere, levou a que fossem tomadas várias diligências de forma imediata e articulada entre as autoridades de saúde, o município e alguns estabelecimentos privados afetados, visando circunscrever e controlar o mais depressa possível este surto epidémico.

“Procurar identificar as pessoas que participaram nesse evento e outras que tiveram contactos próximos com os participantes, no seio familiar e no contexto laboral, foi uma das primeiras medidas, a qual tem sido acompanhada de uma campanha intensiva de realização de colheitas para testes, visando despistar possíveis casos positivos”, avança a Câmara Municipal de Lagos.

Após os testes realizados entre 12 e 16 de junho, na quarta-feira, junto ao Pavilhão Desportivo Municipal, esteve em Lagos uma equipa disponibilizada pela ARS, autoridade de saúde na região, para promover uma ação intensiva de colheitas para a realização de testes de despiste à COVID-19 a todas as pessoas ainda não testadas que estiveram no evento, bem como a familiares e outros contactos próximos, como colegas de trabalho destas pessoas que participaram na festa.

Também na Câmara Municipal de Lagos – Edifício Paços do Concelho Séc. XXI, existindo indícios de possíveis contactos com infetados, decorreu na qyarta-feira, 17 de junho, uma ação intensiva de colheitas aos trabalhadores municipais, como medida de prevenção, na eventualidade de algum destes poder ter estado em contacto com pessoas infetadas.

A Câmara Municipal sublinha, ainda, o sentido de responsabilidade e a rápida atuação das empresas privadas do concelho (restaurantes e superfícies comerciais), que, perante a suspeita ou a confirmação de trabalhadores infetados com o novo coronavírus, sem olhar a gastos, decidiram testar todos os colaboradores e proceder à desinfeção das instalações, de modo a eliminar possíveis cadeias de transmissão e, assim, terem condições de retomar em segurança plena a atividade, tão necessária neste período de crise de saúde pública para combater o impacto económico e social que a mesma tem gerado.

“De acordo com as informações divulgadas na terça-feira, 16 de junho, na conferência de imprensa promovida pela ARS Algarve, foram confirmados 16 casos positivos com origem neste foco, número que na quarta-feira passou para 37 casos, distribuídos por vários concelhos. À medida que esses dados forem sendo conhecidos, a Câmara Municipal partilhará essa informação através do quadro da situação epidemiológica do concelho de Lagos que tem vindo a ser publicado regularmente na página de facebook do município”, explica em nota de imprensa.

O presidente da Câmara Hugo Pereira apela, por isso, à serenidade da comunidade, uma vez que todos os meios estão a ser mobilizados, de modo articulado entre as autoridades de saúde, o município, forças de segurança e proteção civil, para “minimizar o impacto deste infeliz e condenável acontecimento, mas também ao sentido de responsabilidade cívica que tem caracterizado a conduta dos lacobrigenses desde o início da pandemia e que fez com que os números até agora quase não tivessem tido expressão no concelho”.

Para o autarca “Lagos foi sempre um concelho seguro, pelo que estamos todos empenhados e confiantes de que iremos superar rapidamente este episódio e garantir que o mesmo não seja replicado”.

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