Edição de Inverno de ‘Outras Geografias’ regressa ao Auditório Carlos do Carmo

O ciclo ‘Outras Geografias’ é dedicado a comunidades com ligação ao Território, História e aos movimentos sociais do presente. Nesta edição de Inverno, nos dias 21 e 22 de novembro, às 19h00, o tema será ‘África, Herança e Perspetivas de Futuro’, com dois filmes da produção portuguesa: ‘Sobreviventes’ e ‘Banzo’, numa parceria do Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, com ‘O Corvo e a Raposa’ Associação Cultural.
Na sessão estarão presentes os realizadores e críticos de cinema Júlio Alves, no 21 de novembro, e Margarida Cardoso, no 22 de novembro, com a moderação do programador de cinema Vítor Ribeiro
Antes da exibição do filme ‘Banzo’, de Margarida Cardoso, o Foyer do Auditório Carlos do Carmo acolhe um momento musical e cultural com as ‘Batucadeiras de Boa Esperança’, grupo fundado há 24 anos por D. Lídia, composto por 20 elementos de várias origens — cabo-verdianos, portugueses e santomenses — que dão voz e ritmo ao batuque, expressão tradicional da alma cabo-verdiana.
O grupo apresenta composições originais e temas do folclore, tendo atuado em diversos concelhos do Algarve, Lisboa e Espanha. A acompanhar o batuque, o público poderá ainda ouvir o funaná, interpretado por Tony, na concertina, e Ventura, no ferro, do projeto ‘Terra Santa – Fidju Funana’, que apresentam no Algarve os sons enérgicos deste género musical cabo-verdiano.
O início da sessão contará também com uma degustação de sabores são-tomenses, numa celebração que cruza música, cinema e gastronomia africana, transportando-nos para o cenário do filme, imaginado no início do século XX, em São Tomé e Príncipe. Um filme que revisita o passado colonial português com olhar contemporâneo, consolidando o percurso de Margarida Cardoso como uma das vozes mais consistentes do cinema português sobre a memória e as relações pós-coloniais.
Na abertura do certame, no dia 21 de novembro, será exibido ‘Sobreviventes’, o filme derradeiro de José Barahona, cineasta desaparecido prematuramente, em novembro de 2024, pouco depois da estreia do filme. Uma sessão que homenageará um cineasta prolífico, tão à vontade no documentário como na ficção, em viagens e produções continuadas entre Portugal e o Brasil, e as suas relações históricas, com problemáticas que perduraram até aos nossos dias, resume a Câmara Municipal de Lagoa.





