Futuro das Alagoas Brancas vai ser discutido no Convento de S. José

o Auditório do Convento de São José, em  Lagoa, acolhe, no dia 20 de abril, a partir das 10h00, um evento em que será discutido o futuro das Alagoas Brancas. A sessão  participativa reúne cidadãos, associações, organizações ambientais, académicos, entidades  governamentais e a autarquia de Lagoa.

O objetivo desta iniciativa, aberta à comunidade, “é apresentar os valores ecológicos únicos desta zona  húmida, localizada junto à cidade, e criar propostas para a sua preservação num futuro Parque da Cidade”, refere a associação Almargem

Durante a manhã, haverá uma apresentação dos  valores das Alagoas Brancas e dos desafios que a preservação de uma zona húmida próxima do meio  urbano implica. Serão abordados temas de ordenamento e gestão da água, botânica, invertebrados e  avifauna. Apresentar-se-ão nessa altura os resultados do bioblitz que decorreu em fevereiro passado – um  evento em que, no decorrer de um único dia, um grupo de especialistas se dedicou a identificar o maior  número possível de espécies nesta área. 

Alguns dos valores ambientais das Alagoas Brancas já conhecidos estarão em destaque. Além da sua  biodiversidade em avifauna (contabilizando 143 espécies de aves na plataforma de ciência cidadã EBird),  serão revelados dados sobre invertebrados e hidrobotânica. Da rara comunidade de plantas aquáticas  aqui descoberta, dar-se-á especial destaque à estrela-de-água, Damasonium bourgaei, criticamente em  perigo em Portugal, que tem nas Alagoas Brancas a sua maior população nacional. 

A tarde começa com uma sessão de trabalho em que grupos de especialistas de várias áreas irão debater  abordagens e planos concretos para assegurar a preservação das Alagoas Brancas num futuro Parque da  Cidade de Lagoa. O resultado será depois disponibilizado num documento único.  

Estas propostas serão apresentadas à comunidade a partir das 16h00, abrindo espaço para debate e  contributos de todos os interessados.  

Segue-se uma mesa redonda, que conta com a participação de representantes do Município de Lagoa, do  ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, da APA/ARH Algarve – Agência Portuguesa  do Ambiente/Administração de Região Hidrográfica do Algarve, da CCDR Algarve – Comissão de  Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, do Movimento Salvar as Alagoas Brancas e de  várias organizações não-governamentais de ambiente. 

Os interessado devem efetuar a sua inscrição aqui.

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